segunda-feira, 30 de julho de 2012

O que fazer da minha vida?



Encontrei esse texto muito bom, e me fez perguntar sobre vocês leitores deste blog, me perguntei quantos projetos vocês tem guardados em suas gavetas, leiam...

O que fazer da minha vida?
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Por Marcos Rezende Em 7 de dezembro de 2010




Esta é uma das principais perguntas que a maior parte das pessoas fazem para si mesmas todos os dias. Insatisfeitas com as decisões que tomaram no passado e que lhe trouxeram a vida que possuem hoje, se sentem perdidas e completamente sem rumo. A maioria ainda encara esses momentos de forma negativa, esquecendo-se de que, se não fossem esses momentos de crise, não estariam procurando ajuda e sequer teriam chegado até este texto. Encontrar o que fazer da sua vida pode ser complicado, mas como eu passei pelo mesma situação de crise que a maior parte das pessoas está passando nos últimos tempos, acredito que pelo fato de poder compartilhar isso com você, possa lhe ajudar a encontrar a sua paixão e libertar o seu poder pessoal para servir aos outros através do empreendedorismo.

COMO ENCONTRAR A SUA PAIXÃO?
O processo de encontrar a sua paixão é relativamente simples, apesar de ser necessário esforçar-se além dos maus hábitos para mergulhar em si mesmo em busca do auto-conhecimento que permitirá que a sua paixão floresça. Se você está aqui, lendo este texto, é porque deve estar fazendo algo totalmente diferente da sua paixão ou, pelo menos, algo um pouco diferente do que você realmente deseja para a sua vida. Logo, antes de começar, convença-se de que se não está feliz, é porque sua paixão ainda não aflorou totalmente dentro da sua vida diária.


Paixão é algo que, quando colocado em prática através de uma atividade, seja profissional ou hobby, não cria qualquer expectativa por resultados. Além disso, é comum e natural ter mais de uma paixão. Não se preocupe, portanto, se você for um apaixonado por tênis e figurinhas de beisebol e não se importar se perde ou ganhe um jogo. Se você gosta de jogar tênis apenas e colecionar figurinhas de beisebol pelo simples fato de colecioná-las é sinal que é um apaixonado por esses dois assuntos.
Agora que você já sabe o que é paixão, reflita sobre as atividades que você já desempenha diariamente tentando identificar em quais destas atividades se sente realizado e pleno. É comum que passemos a maior parte do dia executando tarefas desalinhadas com a nossa paixão, porém em algum momento acabamos fazendo alguma coisa que nos realiza e nos faz bem. Nos torna felizes.
Se nada vier à sua mente quando refletir sobre o item anterior, pense sobre os seus hobbies e principalmente sobre as atividades que você gostava de fazer na infância. Boa parte do meu trabalho na publicação dos meus e-books, como o Autocoaching 2011, é fazer as pessoas confiarem que possuem um poder incomensurável dentro de si e que foi apagado desde a infância pelo processo que chamo de domesticação humana. Volte à sua infância e pesquise-se profundamente para encontrar aquilo pelo qual é apaixonado.
Chegando neste ponto, sem nenhuma idéia na mente da sua paixão, é hora de experimentar coisas novas, diferentes daquilo que você está fazendo agora. Você vai errar, como todas as pessoas que tentam acertar erram, mas estará melhorando a sua mira para acertar o objetivo que é descobrir o que fazer da sua vida, encontrando a sua paixão para viver. Mire na sua paixão (ao menos na idéia que tem dela) e permita-se errar para ajustar, a cada nova tentativa, a mira para acertar o alvo com precisão.

COMO DESCOBRI O QUE FAZER DA MINHA VIDA?
Em um determinado momento da minha vida descobri que estava tudo errado. Não as situações, mas as minhas escolhas, meus valores e minhas opiniões. Percebi que as situações eram reflexo daquilo que eu estava tendo como hábito decidir por anos e anos. Entrei em crise e sem qualquer planejamento, decidi assumir a responsabilidade pela minha vida e investigar o que eu deveria fazer dela já que tudo sempre dava tão errado.

Pensei na minha infância, escrevi sobre os melhores presentes que tinha recebido na infância, meus melhores brinquedos e o que gostava em cada um. Escrevi também quais eram as brincadeiras que mais me divertiam e até os programas de televisão, filmes e desenhos que mais gostava. Fui pesquisando em cada uma dessas coisas que escrevi no papel aquilo que, por trás dessas coisas e atividades, me fazia sentir bem, feliz e contente. Anotei que:
Adorava meu boneco do He-man porque praticamente aprendi a desenhar formas humanas com ele. Adorava desenhar.
Me sentia totalmente livre quando descia ladeiras correndo ou de bicicleta pulando obstáculos. Apesar de ter caído um sem número de vezes, nada no mundo me dava a sensação de liberdade e desafio que aquela brincadeira me trazia.
Lembrei de uma situação onde troquei uma mesa de pingue-pongue por um caminhão de brinquedo com seis jipes dentro dele.

Para não me alongar na lista que fiz na época, notei que a partir dessas três atividades da minha infância somadas as competências que eu havia acumulado na minha carreira, ficava mais fácil descobrir o que fazer da minha vida e encontrar a minha paixão.

Foi a partir dessa conclusão que criei este site e a palavra insistimento (insistir no talento), pois aqui eu posso desenhar o que quiser, criando layouts para o blog, banners para o site eprodutos virtuais que comercializo. Aqui e na minha empresa como empreendedor, posso me arriscar todos os dias e sentir a sensação de liberdade que ter a sua própria empresa traz ao mesmo tempo da responsabilidade em ter que aprender a guiar com cuidado o empreendimento para ele não cair. Além disso, trabalhar com o foco no trabalho e na diversão, me tornou uma pessoa menos ansiosa e apaixonada pelo que faz, uma vez que pouco trabalho (apesar do esforço) nesta diversão diária que é viver sabendo (um milímetro a mais a cada dia) o que fazer da minha vida.


Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois
Que vem a chiar, manhãzinha cedo, pela estrada,
E que para de onde veio volta depois,
Quase à noitinha pela mesma estrada.

Eu não tinha que ter esperanças – tinha só que ter rodas…
A minha velhice não tinha rugas nem cabelos brancos…
Quando eu já não servia, tiravam-me as rodas
E eu ficava virado e partido no fundo de um barranco.

Ou então faziam de mim qualquer coisa diferente
E eu não sabia nada de que de mim faziam…
Mas eu não sou um carro, sou diferente,
Mas em que sou realmente diferente nunca me diriam.

Poema XVI de O Guardador de Rebanhos de Alberto Caeiro

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