terça-feira, 18 de outubro de 2011

Crônicas Senhor dos Anéis:Trilhas secretas e outros segredos (2º parte)


A seguir, damos continuidade ao relato da Crônica: Trilhas Secretas e outros Segredos, da mesa de Senhor dos Anéis do Grupo Espírito Livre. Quem deseja acompanhar e ainda não leu a parte 1, pega ai:

Parte 1


Segue a parte 2:
Crônica : Trilhas Secretas e outros Segredos
Introdução: Problemas na Floresta das Folhas Verdes (PARTE 2)


Reforços
Apenas algumas casas que iniciaram a queimar pelas tochas dos inimigos, mas que logo tiveram o fogo contido, e duas pessoas que se feriram gravemente, além dos guardas que tiveram algumas escoriações, foram os pequenos resultados da moléstia dos Orcs, mas o suficiente para fazer a noite que normalmente é alegre entre as árvores que sustentam e protegem a vila de Phur, tornar-se silenciosa e resplandecente em medo, pois era como estavam e se sentiam os moradores da mesma após as aterradoras cenas que presenciaram; apesar da guarda ter dado conta de retaliar as criaturas malignas antes que causassem algum dano mais grave à vila e aos moradores, o momento assustador se tornou grande em significado, não pelo que ocorreu em si, mas pela inexperiência que os habitantes locais tinham com as sombras, tão acostumados com séculos de paz.
Uma hora após a luta pela defesa da vila, dois grupos de soldados chegaram a ela. Um deles vinha de Lórien Oriental, a cidade regida por Légolas, um dos famosos 9 andantes; aquele era formado por 10 Elfos silvestres, e tendo como Líder Nulor, capitão élfico. O outro era formado por 6 homens que vinham de Minas Tirith, a capital de Gondor e uma das capitais do reino reunido, o domínio dos Homens; os homens eram liderados por Agraam, também um capitão. Os rumores sobre Orcs errantes entre a floresta dos Elfos silvestres chegaram mesmo aos ouvidos de Calanhir Elessar, o atual rei dos Homens; assim, o mesmo destacou alguns dos seus melhores soldados para acompanharem as investigações dos senhores dos Elfos Silvestres, que trocara cartas com Calanhir sobre a situação. Ambos os grupos puderam ver, com o clima que se apresentava em Phur, que algo incomum de fato estava acontecendo. Os dois capitães foram chamados a terem reunião com Egos.

Os representantes sentam
Houve então um importante conselho em volta da mesa do salão de reuniões das lideranças do centro da Floresta das Folhas Verdes, este que era um local de beleza esplêndida, iluminado por globos de cristais reluzentes suspensos por galhos e cipós de formato perfeito talhados pela natureza, onde as aberturas do local levavam para todos os cantos da vila, e quem passava por ali se deparava com curvas e linhas suntuosas feitas nas árvores que cercavam o salão, as quais as copas das mesmas eram encaixadas perfeitamente para que as chuvas não caíssem sobre o aposento. Naquele lugar, Alas e Rosendor, Alcthiha que agora os acompanhava, os capitães que vinham do sul, cada um com o seu melhor soldado, e Egos, sentaram e discutiram sobre o que estava acontecendo na região.

- Saudações do Reino Reunido senhor Egos, regente e capitão do centro da Floresta das Folhas Verdes; preocupa-nos o que está acontecendo, Orcs não são vistos entre os domínios dos povos livres a séculos, viajamos longos dias para saber o que de fato se passa e buscarmos saídas para juntos, Elfos e Homens, resolvermos tal problema – Disse Agraam ao levantar-se, homem alto e robusto, vestido com pesada e poderosa armadura intacta, desvestido de seu elmo que mostrava os cabelos cor de fogo que iam até o ombro, de mesma tonalidade da barba rala que tomava parte de seu comprido rosto, que demonstrava cansaço por noites sem dormir. Agraam chegou a escutar de guardas da vila o que havia ocorrido, antes de se instalar na reunião.

- Também prestando suas saudações em nome de Lórien Oriental, Nulor perguntou: - Mas o que de fato aconteceu aqui, senhor regente, explicações detalhadas serão necessárias. – Disse olhando profundamente nos olhos de Egos, como querendo tirar-lhe da alma as respostas, o Capitão de Légolas franzino que expressava muita seriedade e sabedoria no semblante, de beleza natural como a todos os Elfos, em um rosto de traços delicados contornados pelos longos cabelos negros. Sabia Egos que aquele olhar era um recado. O mesmo fora banido a tempos da corte de Trandhuil por contendas internas que nunca esquecera, para administrar o centro do local, uma posição menor entre os nobres.

 Egos afirmou que sabia que Orcs vagavam a algum tempo em busca de caça pela região, pensou que talvez tivessem descido das montanhas ao norte longínquo e, contornando as Montanhas Sombrias, teriam chegado até as terras dos Elfos da Floresta. Indagado sobre porque esse deslocamento, não soube responder; e insistia em diminuir o problema como algo que logo sua guarda resolveria. Os Elfos que vieram de Valfenda solicitavam uma busca aos fugitivos, e Egos garantia que a faria, mas diferente do que todos afirmavam, não via necessidade de outros saírem em busca dos inimigos, além de seus subordinados.

A forma ríspida de Egos era constante, e a reunião não chegou a um fim totalmente consensual. Para o capitão de Phur, os enviados da casa amiga deveriam voltar pois logo tudo estaria resolvido. Então definiu que sua guarda faria vigília nos arredores da vila, e logo enviaria um destacamento para encontrar as criaturas. E antes de ter tudo se encerrado, saiu da sala ignorando as vontades de falas ainda existentes.

A insistência dos enviados
- Nós também iremos ficar de vigilância nos arredores da vila – Disse Alas Mikael, temeroso pela situação e não crente da facilidade que Egos tanto afirmava. Naquela mesma noite, Alas, Rosendor e Alcthyha ficaram nos arredores da cidade, alternando entre turnos de vigília. Em determinada hora da noite, já adentrando a madrugada, um dos soldados que estava com Agraam, chamado Kreven, encontra com o grupo. Indagando sobre a presença dos mesmos ali, inicia uma conversa que termina com a impaciência do Oriental afirmando que não se poderia esperar tanto tempo ali.

Aconteceu que nenhum grupo de guardas de Egos se deslocou. Aqueles, por razão do oriental que já se fazia impaciente, decidiram por contra própria adentrar um pouco mais na noite daquela floresta em busca da localização das criaturas. O homem de Minas Tirith decidiu ir também, apesar do desconhecimento de seu capitão; sua juventude e curiosidade de primeira missão o faria logo pagar caro. Depois de caminharem por algumas horas entre a escuridão daquela noite, iluminada por um encanto de Alas que criava uma pequena luz em sua mão, esta que apesar de tornar o caminho visível não extraia os murmúrios e gemidos de um aviso que ressoava no coração dos Elfos, que possuem a habilidade natural de sentir as sombras. Até os homens tinham um mal pressentimento sobre o local.

Antes do nascer do sol, vozes guturais em conversas que vinham de grunhidos indescritíveis, aqueles quatro que decidiram vasculhar a escuridão da noite além da Vila, viram a entrada de uma caverna, de tamanho suficiente para a passagem de dois homens medianos ao mesmo tempo. Na frente da mesma, dezenas de Orcs comiam animais em uma clareira que tinha como iluminação a luz do luar. Em uma festa de selvageria, as vestes eram de peles e malhas de couro, e muitos tinham presos nas roupas ou seguravam mesmo, pedaços de pau e tacapes, o que usaram como armas no ataque a Phur.

As sombras estão presentes
Os exploradores decidiram observar por um tempo, e comentaram entre si, com todo o cuidado para não serem vistos – o que fez Alas cancelar o encantamento de Criar luz – a probabilidade de a caverna ser o covil dos Orcs. Enquanto esperavam, em um momento de distração do Elfo Noldor, o mesmo teve a atenção chamada para algo exatamente atrás de onde estavam, algo na escuridão, uma presença, um chamado. Uma voz fantasmagórica chamava por Alas, e o mesmo sentiu a força das sombras se manifestar nisso; alguns segundos depois se dissipou com o toque em seu ombro de Rosendor, e Alas entendeu o que era, e não compartilhou aquilo com os outros, ficando para si o susto e as perguntas, pois entendia não ser algo determinante naquele momento.

Os descobridores do suposto esconderijo decidiram voltar para a vila e informar sobre aquele local. Seguiram por um caminho ao longo de um riacho, desviando um pouco da trilha de vinda. No meio do percurso subitamente encontraram dois orcs a beira do riacho, vestidos e armados como aqueles da caverna, e eles não tiveram dúvida em avançar imediatamente sobre os quatro ao enxergá-los.

Alcthyha, com a naturalidade de um guerreiro de muitas batalhas, empunhou sua espada longa e tomou a frente do grupo; antes que um dos inimigos descesse sua arma em sua tentativa de ataque, teve o tronco golpeado pelo veloz e eficiente ataque do oriental, que cortou da esquerda para a direita a criatura, fazendo-a sangrar e deixando-a atordoada; o outro Orc também não teve muito tempo até ter uma flecha cravada em seu peito pela destreza de Rosendor, e logo depois pela besta de Alas; por fim, a habilidade daquele grupo derrubou rapidamente os dois infelizes quando kreven saltou com um golpe no crânio do alvejado orc e o outro teve a cabeça cortada por alcthyha.

Sem mais empecilhos, voltaram para a habitação do meio da floresta; mas antes, no horizonte uma escuridão de nuvens que atrasava o nascer do sol, se mostrava, acima das montanhas que estavam antes do reino de Thranduil, como um desejo de tomar aquelas matas à Floresta Negra que fora um dia.

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