A seguir, damos continuidade ao relato da Crônica: Trilhas Secretas e outros Segredos, da mesa de Senhor dos Anéis do Grupo Espírito Livre. Quem deseja acompanhar e ainda não leu a parte 1, pega ai:
Parte 1
Parte 1
Segue a parte 2:
Crônica : Trilhas Secretas e outros Segredos
Introdução: Problemas na Floresta das Folhas Verdes (PARTE 2)
Reforços
Reforços
Apenas
algumas casas que iniciaram a queimar pelas tochas dos inimigos, mas que logo
tiveram o fogo contido, e duas pessoas que se feriram gravemente, além dos
guardas que tiveram algumas escoriações, foram os pequenos resultados da
moléstia dos Orcs, mas o suficiente para fazer a noite que normalmente é alegre
entre as árvores que sustentam e protegem a vila de Phur, tornar-se silenciosa
e resplandecente em medo, pois era como estavam e se sentiam os moradores da mesma
após as aterradoras cenas que presenciaram; apesar da guarda ter dado conta de
retaliar as criaturas malignas antes que causassem algum dano mais grave à vila
e aos moradores, o momento assustador se tornou grande em significado, não pelo
que ocorreu em si, mas pela inexperiência que os habitantes locais tinham com
as sombras, tão acostumados com séculos de paz.
Uma
hora após a luta pela defesa da vila, dois grupos de soldados chegaram a ela.
Um deles vinha de Lórien Oriental, a cidade regida por Légolas, um dos famosos
9 andantes; aquele era formado por 10 Elfos silvestres, e tendo como Líder
Nulor, capitão élfico. O outro era formado por 6 homens que vinham de Minas
Tirith, a capital de Gondor e uma das capitais do reino reunido, o domínio dos
Homens; os homens eram liderados por Agraam, também um capitão. Os rumores
sobre Orcs errantes entre a floresta dos Elfos silvestres chegaram mesmo aos
ouvidos de Calanhir Elessar, o atual rei dos Homens; assim, o mesmo destacou alguns dos
seus melhores soldados para acompanharem as investigações dos senhores dos
Elfos Silvestres, que trocara cartas com Calanhir sobre a situação. Ambos os
grupos puderam ver, com o clima que se apresentava em Phur, que algo incomum de
fato estava acontecendo. Os dois capitães foram chamados a terem reunião com
Egos.
Os representantes sentam
Os representantes sentam
Houve
então um importante conselho em volta da mesa do salão de reuniões das
lideranças do centro da Floresta das Folhas Verdes, este que era um local de
beleza esplêndida, iluminado por globos de cristais reluzentes suspensos por
galhos e cipós de formato perfeito talhados pela natureza, onde as aberturas do local levavam para todos os cantos da vila, e quem
passava por ali se deparava com curvas e linhas suntuosas feitas nas árvores que
cercavam o salão, as quais as copas das mesmas eram encaixadas perfeitamente
para que as chuvas não caíssem sobre o aposento. Naquele lugar, Alas e
Rosendor, Alcthiha que agora os acompanhava, os capitães que vinham do sul,
cada um com o seu melhor soldado, e Egos, sentaram e discutiram sobre o que
estava acontecendo na região.
-
Saudações do Reino Reunido senhor Egos, regente e capitão do centro da Floresta
das Folhas Verdes; preocupa-nos o que está acontecendo, Orcs não são vistos
entre os domínios dos povos livres a séculos, viajamos longos dias para saber o
que de fato se passa e buscarmos saídas para juntos, Elfos e Homens,
resolvermos tal problema – Disse Agraam ao levantar-se, homem alto e robusto,
vestido com pesada e poderosa armadura intacta, desvestido de seu elmo que
mostrava os cabelos cor de fogo que iam até o ombro, de mesma tonalidade da
barba rala que tomava parte de seu comprido rosto, que demonstrava cansaço por
noites sem dormir. Agraam chegou a escutar de guardas da vila o que havia
ocorrido, antes de se instalar na reunião.
-
Também prestando suas saudações em nome de Lórien Oriental, Nulor perguntou: -
Mas o que de fato aconteceu aqui, senhor regente, explicações detalhadas serão
necessárias. – Disse olhando profundamente nos olhos de Egos, como querendo
tirar-lhe da alma as respostas, o Capitão de Légolas franzino que expressava
muita seriedade e sabedoria no semblante, de beleza natural como a todos os
Elfos, em um rosto de traços delicados contornados pelos longos cabelos negros.
Sabia Egos que aquele olhar era um recado. O mesmo fora banido a tempos da
corte de Trandhuil por contendas internas que nunca esquecera, para administrar
o centro do local, uma posição menor entre os nobres.
Egos afirmou que sabia que Orcs vagavam a
algum tempo em busca de caça pela região, pensou que talvez tivessem descido
das montanhas ao norte longínquo e, contornando as Montanhas Sombrias, teriam
chegado até as terras dos Elfos da Floresta. Indagado sobre porque esse
deslocamento, não soube responder; e insistia em diminuir o problema como algo
que logo sua guarda resolveria. Os Elfos que vieram de Valfenda solicitavam uma
busca aos fugitivos, e Egos garantia que a faria, mas diferente do que todos
afirmavam, não via necessidade de outros saírem em busca dos inimigos, além de
seus subordinados.
A
forma ríspida de Egos era constante, e a reunião não chegou a um fim totalmente
consensual. Para o capitão de Phur, os enviados da casa amiga deveriam voltar pois
logo tudo estaria resolvido. Então definiu que sua guarda faria vigília nos
arredores da vila, e logo enviaria um destacamento para encontrar as criaturas.
E antes de ter tudo se encerrado, saiu da sala ignorando as vontades de falas
ainda existentes.
A insistência dos enviados
A insistência dos enviados
-
Nós também iremos ficar de vigilância nos arredores da vila – Disse Alas
Mikael, temeroso pela situação e não crente da facilidade que Egos tanto
afirmava. Naquela mesma noite, Alas, Rosendor e Alcthyha ficaram nos arredores
da cidade, alternando entre turnos de vigília. Em determinada hora da noite, já
adentrando a madrugada, um dos soldados que estava com Agraam, chamado Kreven,
encontra com o grupo. Indagando sobre a presença dos mesmos ali, inicia uma
conversa que termina com a impaciência do Oriental afirmando que não se poderia
esperar tanto tempo ali.
Aconteceu
que nenhum grupo de guardas de Egos se deslocou. Aqueles, por razão do oriental que já se fazia impaciente, decidiram por contra própria adentrar um pouco mais na noite daquela
floresta em busca da localização das criaturas. O homem de Minas Tirith decidiu ir
também, apesar do desconhecimento de seu capitão; sua juventude e curiosidade
de primeira missão o faria logo pagar caro. Depois de caminharem por algumas
horas entre a escuridão daquela noite, iluminada por um encanto de Alas que
criava uma pequena luz em sua mão, esta que apesar de tornar o caminho visível
não extraia os murmúrios e gemidos de um aviso que ressoava no coração dos
Elfos, que possuem a habilidade natural de sentir as sombras. Até os homens
tinham um mal pressentimento sobre o local.
Antes
do nascer do sol, vozes guturais em conversas que vinham de grunhidos
indescritíveis, aqueles quatro que decidiram vasculhar a escuridão da noite além
da Vila, viram a entrada de uma caverna, de tamanho suficiente para a
passagem de dois homens medianos ao mesmo tempo. Na frente da mesma, dezenas de Orcs
comiam animais em uma clareira que tinha como iluminação a luz do luar. Em uma
festa de selvageria, as vestes eram de peles e malhas de couro, e muitos tinham
presos nas roupas ou seguravam mesmo, pedaços de pau e tacapes, o que usaram
como armas no ataque a Phur.
As sombras estão presentes
As sombras estão presentes
Os
exploradores decidiram observar por um tempo, e comentaram entre si, com todo o
cuidado para não serem vistos – o que fez Alas cancelar o encantamento de Criar
luz – a probabilidade de a caverna ser o covil dos Orcs. Enquanto esperavam, em
um momento de distração do Elfo Noldor, o mesmo teve a atenção chamada para
algo exatamente atrás de onde estavam, algo na escuridão, uma presença, um
chamado. Uma voz fantasmagórica chamava por Alas, e o mesmo sentiu a força das sombras se
manifestar nisso; alguns segundos depois se dissipou com o toque em seu ombro de Rosendor, e Alas entendeu o que era, e não compartilhou aquilo com os
outros, ficando para si o susto e as perguntas, pois entendia não ser algo
determinante naquele momento.
Os descobridores
do suposto esconderijo decidiram voltar para a vila e informar sobre aquele
local. Seguiram por um caminho ao longo de um riacho, desviando um pouco da
trilha de vinda. No meio do percurso subitamente encontraram dois orcs a beira
do riacho, vestidos e armados como aqueles da caverna, e eles não tiveram
dúvida em avançar imediatamente sobre os quatro ao enxergá-los.
Alcthyha,
com a naturalidade de um guerreiro de muitas batalhas, empunhou sua espada
longa e tomou a frente do grupo; antes que um dos inimigos descesse sua arma em
sua tentativa de ataque, teve o tronco golpeado pelo veloz e eficiente ataque
do oriental, que cortou da esquerda para a direita a criatura, fazendo-a
sangrar e deixando-a atordoada; o outro Orc também não teve muito tempo até ter
uma flecha cravada em seu peito pela destreza de Rosendor, e logo depois pela
besta de Alas; por fim, a habilidade daquele grupo derrubou rapidamente os dois
infelizes quando kreven saltou com um golpe no crânio do alvejado orc e o outro
teve a cabeça cortada por alcthyha.
Sem
mais empecilhos, voltaram para a habitação do meio da floresta; mas antes, no
horizonte uma escuridão de nuvens que atrasava o nascer do sol, se mostrava,
acima das montanhas que estavam antes do reino de Thranduil, como um desejo de
tomar aquelas matas à Floresta Negra que fora um dia.
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