sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Um conto de Ex's - Fantasia Futurista



Um conto de Ex's: Viagem dimensional

Naquela manhã os heróis partiram em uma viagem de importância primária em nome da Academia Heroica Kaira, presente na capital de Ex’s, Bjrya. Freya, Elfa Sábia que fugira quando criança de uma cidade corrompida, escalou um tortuoso caminho até a confiança de ser uma das melhores heroínas formadas por sua Academia; compartilhava uma amizade de anos com Krim, Anão Guerreiro conhecido por empunhar Pyre “A Espada Flamejante”, arma mágica possuidora de partículas que, incrustadas em seu metal, entram em combustão no menor contato com oxigênio gerando um fogo concentrado e estabilizado pelo raro Metatec, metal especial de que era feita a lendária espada usada por várias gerações de guerreiros formados em Kaira; junto aos dois estava Julius, renomado humano cavaleiro porém o mais inexperiente entre os três, ainda assim considerado o melhor em montaria de toda a região central da Zona Azul, montando “Ventos”, pégasus que desafiou a morte no seu nascimento para se tornar muito reconhecido por sua velocidade e perseverança. Esse grupo fora encarregado de transportar e proteger uma caixa desconhecida, encontrada em uma incursão à Zona Cinza que resultou no desaparecimento de dois heróis do grupo responsável pelo achado; os primeiros testes identificaram que algo estava congelado dentro dela em Zero absoluto e as tentativas de abertura esporam a possiblidade das moléculas de, fosse o que estivesse dentro, colapsarem e simplesmente nunca se saber o que era.

Kelvin, a cidade de gelo, conhecida por sua Academia Heroica onde os estudos envolvendo temperaturas baixas ao extremo são os mais desenvolvidos do mundo, bem como pelos grandes heróis que sabem lidar com esse extremo, foi vista como um provável local onde a caixa misteriosa poderia ser desvendada. Por não existirem dados sobre a natureza das partículas do material interno era impossível que a caixa fosse teletransportada, pois era necessário que informações prévias do que se quer teletransportar estivessem armazenadas no software que gerencia a malha de teletransportes. Assim seguia o grupo heroico em um trem convencional, dos que costumam atingir 3 a 4 vezes a velocidade do som, atravessando as vastidões de Ex’s rumo ao extremo sul do mundo, uma longa viagem até a costa do “Mar do Frio Infinito”, inexplorado mesmo pelos satélites enviados, que congelavam e caiam no mar a partir de determinado ponto.

Viajar de trem é uma alternativa comumente usada em Ex’s apesar das comodidades do teletransporte com estações existentes em todas as cidades. Porém a energia consumida por aquelas estações é imensa, praticamente a mesma gerada diariamente pelo sol Exiano, mesmo com o controle de ter cada cidadão o direito a no máximo três teletransportes por dia. Logo, seja por educação e cultura de economia, hábitos de encontros durante as viagens, o prazer dos serviços a bordo ou mesmo contemplar a paisagem ou o multiverso de Ex’s visto fora das cidades, as mais diferentes pessoas optam pelo método convencional de viajar.

Mas aquela viagem não seria como as centenas que cortam a malha viária todos os dias. De repente o trem parou sob os trilhos que o suspendiam por magnetismo, em um lugar desabitado de civilização e mesmo outros seres vivos, o “Deserto de Hessed”, assim conhecido pelo nome de um poderoso Orc que o dominou com um pequeno e feroz exército em um momento anterior e distante no Espaço-tempo, derrotado e capturado por Heróis de outrora. Imediatamente o maquinista informou sobre a parada para tranquilizar a todos, alegando um simples problema na máquina que já estaria sendo resolvido, e que logo chegariam à estação da cidade subterrânea de Garnet “A semente vermelha”, conhecida como um dos principais centros da cultura anã.

Como protocolo de qualquer grupo heroico em uma situação como aquela, escolheram entre si Freya para se apresentar ao maquinista e sua equipe, estes que receberam de muito bom grado e certo alívio por importante presença, pois já haviam identificado que o problema era mais grave do que informado: toda a fonte de energia havia se esgotado, o que parecia ser impossível já que o maquinista afirmou certeza de verificar a carga total das cápsulas de fusão nuclear antes de iniciar a viagem, uma carga que só poderia se esgotar caso dezenas de viagens da mesma que percorriam tivessem sido realizadas. Logo depois o co-maquinista verificou uma informação deveras preocupante: os marcadores de Espaço-tempo do trem indicavam que o percurso feito até o momento não era o mesmo que programaram, mas haviam percorrido milhares e milhares de quilômetros a mais cortando diversas dimensões alternativas de mesma natureza material dos ambientes, em outras palavras ambientes geográficos iguais, motivo de não terem percebido as alterações de percurso; tais mudanças eram o suficiente para milhares de escalas de energia serem consumidas. Depois foi a vez de se preocuparem com mais uma coisa, ninguém encontrava a guarda do trem, e a demora no reinicio da viagem já inquietava os passageiros.

Freya foi até Julius e Krim para lhes informar do problema, quando olhando pela janela seu olhar assustou aos dois, que viraram a cabeça para ver o que era ao mesmo tempo em que a Sábia gesticulou e invocou tais palavras: “Andsvar Baomr”. Todos os passageiros puderam ver o surgimento de uma imensa árvore em pleno deserto sem vida, seguido de uma explosão na mesma, aparentemente atingida por algo com uma bomba. A Elfa invocara uma Magia de programação da realidade, “resposta da árvore” foi o que disse em sua língua, em seguida ela chamou seus companheiros a correrem por uma saída para defenderem o trem.
As pessoas comuns a bordo ficaram assustadas enquanto a equipe começava a tentar acalmar a todos. Freya e Krim saíram por uma passagem de emergência, enquanto Julius corria por cima do trem até o vagão onde o pégasus Ventos se encontrava. Lá fora seis Orcs montados nas criaturas denominadas de “Feras do deserto” ficaram muito surpresos com a árvore e muito mais com os inesperados defensores que se colocavam a frente deles, pois não esperavam qualquer tipo de resistência.

Aquela ação premeditada teve planejamento por dezenas de dias, infiltrado na companhia de trem um Espectro de poder considerado, conhecido apenas como “Mil Faces” por sua capacidade de esconder-se entre muitas formas e procurado como prioridade pelas Academias Heroicas, o vilão implantou dispositivos ao longo do percurso que o trem atacado percorria, tecnologia que abria brechas que suportavam a passagem de objetos para outras dimensões. O bando cuidadosamente investigou sobre os guardas que trabalhariam naquela viagem e garantiram que os mesmos não reaparecessem em determinados momentos do deslocamento dimensional, assim não teriam resistência alguma ao roubo da máquina geral do trem, principal objetivo do grupo. Porém eles não esperavam que um grupo heroico estivesse a bordo, muito menos um dos melhores de Ex’s.

Apesar de se intimidarem com aquela presença, os seis Orcs avançaram em direção a Elfa e ao Anão, que tomou a frente da mesma em posição de combate. Acima deles areia era levantada pelas asas de Ventos, que saiu em velocidade da parte do trem onde estava, e montado por Julius seguiu em direção aos inimigos. Os Orcs puxaram suas armas, três deles com armas a base de luz condensada na forma de laser, outros dois com espadas de metal de liga de Metatec, e o último, o que estava empunhando uma bazuca, atirou em direção ao Anão, que em um contra ataque desembainhando a Pyre, arremessou em direção a este uma rajada de fogo que fez o tiro da arma explodir próximo ao Orc artilheiro. A batalha estava apenas começando, e a viagem ainda seria muito longa.
 
CONTINUA.....

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