quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A Ilha: Um conto de Dark Run


Eu preciso escrever, preciso colocar algo de real nestas coisas que têm acontecido comigo. Eu estou com medo, tanto medo que eu não consigo manter as minhas mãos sem tremer, ou me manter sem ir pro banheiro me encolher como se eu fosse uma criança, todo tempo aqui dentro é uma tortura, não durmo à semanas, não consigo fechar os olhos, é como se uma serpente se enrolasse no meu coração fazendo cada pulsação parecer um bate estacas no meu peito, não sei quanto tempo eu vou me manter são.

Tudo começou quando eu me mudei para esta cidade, quando eu vim para esta casa, eu devia ter vistos os sinais, devia ter seguido o que o meu instinto falava, as pessoas me avisaram, a velha com os gatos, o homem com o olho de vidro. Eles falaram que eu enlouqueceria aqui, e eu acho que não esta muito longe. Beth do bar me pediu pra ir embora, mas eu não escutei, eles falaram sobre a maré cheia, falaram sobre o silencio, o pior de tudo é isso, a calmaria, o maldito silencio, eu gritei por horas, eu quebrei coisas, mas não escuto nada, eu estou enlouquecendo.

Quase não me lembro do que eu era antes daqui, da razão de ter vindo parar nesta ilha maldita, desses livros, tento lê-los, mas meus olhos estão borrados, as palavras fogem da minha cabeça, é como se algo estivesse sugando o que eu sou. Minha luz é minha filha, agora eu tenho que me esforçar para me lembrar do rosto dela, é como se ela fosse um sonho, como se eu nunca tivesse tido ela, abraçado ela, como se o meu amor tivesse indo embora, eu estou enlouquecendo.

Já faz dias que a maré não baixa, eu sei que se eu entrar na água eu não vou voltar, notei uma cova com uma lapide ao lado leste da ilha, algo me disse pra não me aproximar. O silencio se mantém, tudo parece mais sombrio, mais frio.

Hoje eu encontrei uma carta escrita por mim, mas não me lembro de ter escrito, dentro de mim senti que não devia ter encontrado, mas queria saber quem eu sou, queria saber o que aconteceu, então eu vou abri-la, procuro um pouco de coragem dentro de mim para fazer isso.

Eu matei a Sara, a enterrei no lado leste para que ela pudesse ver o sol todas às manhas.  

Não tem mais nada para mim, espero que quem ler isso, possa ser avisado como eu fui, e não vir para esta ilha, ela me tomou tudo, ela era Sara.

4 comentários:

  1. Nosso membro Maverick vem bebendo demais e está ficando surtado por escrever taus coisas...hehe, uma piada, na verdade o texto está muito bom, vejo que vem buscando trazer a essência de muitas histórias de suspense e terror para a ideia do Dark Run; mas penso que ainda está faltando um pouco mais de elementos do rpg a ser divulgado por aqui, como sistema e clima de jogo, como já vivenciamos outras vezes...

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  2. Concordo Aforen, mas eu quero passar primeiro o espirito da coisa, quero passar o clima que deve se ter neste jogo, pois é como assistir um filme de terror, você não quer que tudo acabe bem, quer se assustar, e esse espirito é que deve se ter quando jogar Dark Run, mas é verdade mesmo tenho que colocar mais sobre o RPG em si aqui. Valeu pelos comentários!!!

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  3. Uma coisa que sempre venho falando com o Marverik é sobre o sistema dele, não que esteja ruim ou coisa do tipo, na verdade é muito bom para as ambientações de terror/horror, só que eu penso em que poderia se focar mais na narrativa do que em estatísticas pois suas ambientações estão, como sempre, ótimas.

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