Eu preciso escrever, preciso colocar algo de real nestas
coisas que têm acontecido comigo. Eu estou com medo, tanto medo que eu não consigo
manter as minhas mãos sem tremer, ou me manter sem ir pro banheiro me encolher
como se eu fosse uma criança, todo tempo aqui dentro é uma tortura, não durmo à
semanas, não consigo fechar os olhos, é como se uma serpente se enrolasse no
meu coração fazendo cada pulsação parecer um bate estacas no meu peito, não sei
quanto tempo eu vou me manter são.
Tudo começou quando eu me mudei para esta cidade, quando eu
vim para esta casa, eu devia ter vistos os sinais, devia ter seguido o que o
meu instinto falava, as pessoas me avisaram, a velha com os gatos, o homem com
o olho de vidro. Eles falaram que eu enlouqueceria aqui, e eu acho que não esta
muito longe. Beth do bar me pediu pra ir embora, mas eu não escutei, eles
falaram sobre a maré cheia, falaram sobre o silencio, o pior de tudo é isso, a
calmaria, o maldito silencio, eu gritei por horas, eu quebrei coisas, mas não escuto
nada, eu estou enlouquecendo.
Quase não me lembro do que eu era antes daqui, da razão de
ter vindo parar nesta ilha maldita, desses livros, tento lê-los, mas meus olhos
estão borrados, as palavras fogem da minha cabeça, é como se algo estivesse sugando
o que eu sou. Minha luz é minha filha, agora eu tenho que me esforçar para me
lembrar do rosto dela, é como se ela fosse um sonho, como se eu nunca tivesse
tido ela, abraçado ela, como se o meu amor tivesse indo embora, eu estou
enlouquecendo.
Já faz dias que a maré não baixa, eu sei que se eu entrar na
água eu não vou voltar, notei uma cova com uma lapide ao lado leste da ilha,
algo me disse pra não me aproximar. O silencio se mantém, tudo parece mais
sombrio, mais frio.
Hoje eu encontrei uma carta escrita por mim, mas não me
lembro de ter escrito, dentro de mim senti que não devia ter encontrado, mas
queria saber quem eu sou, queria saber o que aconteceu, então eu vou abri-la,
procuro um pouco de coragem dentro de mim para fazer isso.
Eu matei a Sara, a enterrei no lado leste para que ela pudesse
ver o sol todas às manhas.
Não tem mais nada para mim, espero que quem ler isso, possa
ser avisado como eu fui, e não vir para esta ilha, ela me tomou tudo, ela era
Sara.
Nosso membro Maverick vem bebendo demais e está ficando surtado por escrever taus coisas...hehe, uma piada, na verdade o texto está muito bom, vejo que vem buscando trazer a essência de muitas histórias de suspense e terror para a ideia do Dark Run; mas penso que ainda está faltando um pouco mais de elementos do rpg a ser divulgado por aqui, como sistema e clima de jogo, como já vivenciamos outras vezes...
ResponderExcluirMaverick e seu dom para terror/horror.
ResponderExcluir(y)
Concordo Aforen, mas eu quero passar primeiro o espirito da coisa, quero passar o clima que deve se ter neste jogo, pois é como assistir um filme de terror, você não quer que tudo acabe bem, quer se assustar, e esse espirito é que deve se ter quando jogar Dark Run, mas é verdade mesmo tenho que colocar mais sobre o RPG em si aqui. Valeu pelos comentários!!!
ResponderExcluirUma coisa que sempre venho falando com o Marverik é sobre o sistema dele, não que esteja ruim ou coisa do tipo, na verdade é muito bom para as ambientações de terror/horror, só que eu penso em que poderia se focar mais na narrativa do que em estatísticas pois suas ambientações estão, como sempre, ótimas.
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