segunda-feira, 12 de março de 2012

Convite: Nosso Projeto para Vampiro A Máscara

Os fãs do clássico jogo da White Wolf que fazem parte do Espírito Livre grupo de RPG, são daqueles que fecham a cara para os Vampiros do novo mundo das trevas. Incitado por pedidos de um ou de outro, acabei tomando frente a iniciar no mês passado um projeto de mesas utilizando o antigo mundo das trevas com o foco nos Cainitas. Este Mês de março teremos a segunda rodada de mesas da crônica; como marinheiro de 1º viagem neste cenário, as coisas estão se montando aos poucos, mas com a ajuda dos conhecimentos coletivos (principalmente do ultra fã-combo master de Vampiro, Umbra Mentis (ou mais familiarmente conhecido, Troll Master) vamos acertando a ambientação e o envolvimento dos personagens.

O cenário: A grande São Paulo

Avenida Paulista de 1905
A escolha pela maior cidade do Brasil, (a revelia de Belém, uma cidade que ficaria mais fácil a narração por conta do prévio conhecimento de todos os jogadores, que moram no local) vem por alguns conceitos encontrados - e de certa forma entendidos - no livro básico. Vampiros são seres de grandes cidades, e muitas vezes solitários, tendo muitos que vivem por anos sem se relacionarem com um Vampiro sequer. A Camarilla aponta que o ideal nos tempos modernos seria a existência de um vampiro para cada 100.000 seres humanos, por conta da manutenção do equilíbrio entre rebanho e membros. Obviamente a Camarilla não tem a lei absoluta nem o controle, mas acredito que essa quantia ai não é "estratosfericamente" superável na sociedade Cainita. 

Mosteiro de São Bento de 1905
É por conta desses elementos, que me interessei por sair de uma crônica em Belém; é uma cidade deveras pequena para os padrões dos grandes centros, que possui 1,4 milhões de habitantes contando a região metropolitana (digamos que a estatística da Camarilla seja superada, tendo então por exemplo 3 vampiros para cada 100.000 habitantes, belém teria assim uma média de uns 36 a 40 vampiros espalhados pela cidade); A meu ver, pelo pouco lido, não vejo a possibilidade de uma grande quantidade de Vampiros habitarem Belém, e mesmo alguns clãs e linhagens estarem presentes, o que limitaria as possibilidades de jogo.

Sociedade Vampírica e clima de jogo

Posso estar sendo metódico e formal demais, mas uma quantidade grande de vampiros em uma cidade pequena, muito vampiros se encontrando a todo momento, para mim foge um pouco do que entendi sobre o comportamento da sociedade vampirica e o clima de jogo, entre manipulações dos humanos, caçadores solitários e intrigas que levam anos para se completarem.

Outra coisa é o próprio desenvolvimento dos vampiros. A meu ver, cabe a evolução dos mesmos muito diferente em relação aos outros seres do mundo das trevas. Os Membros se tornam mais poderosos com o passar de décadas e séculos; assim, me parece desconexo mesas que organizam jogos nas noites modernas, e passadas algumas sessões por meses (mesmo que fossem uma vez a cada semana, considerando cada sessão uma noite, em apenas algumas noites no mundo de jogo, um jogador consegue o poder de um NPC que possui décadas ou séculos de existência).

Cidade grande e evolução de uma década

Pois assim está sendo feito, em resposta a essas formas que entendo fora do ambiente original de jogo:

- A crônica inicia em 1905. A ideia é que a mesma evolua em 5 histórias que comporão uma linha temporal, cobrindo eventos decisivos na sociedade vampirica e por conseguinte brasileira-paulista ao longo do século XX, até chegarmos na São Paulo moderna. Logo, ao fim de uma história, alguns anos passarão, em que jogador e narrador deverão compor a história, identificando o que o personagem fez durante aquele período. Afinal, mesmo na não-vida dos Cainitas, nem toda noite existem missões/lutas/conflitos/batalhas/ e uma gama de elementos que transformam o jogo em ação, e não drama pessoal...afinal, são muitas as noites que os não-vivos simplesmente saem para caçar e se martirizarem pelo que são (ou facilmente aterrorizarem um humano como monstros que muitos são). Essa evolução em história poderá gerar 20 pontos de XP, para que um jogador chegue aos tempos modernos concorrendo por 100 pontos de XP, segundo uma regra indicada por um dos jogadores.

- Todos os jogadores começam com personagens de 11º Geração; seria o que mais compete a um Membro comum (sem up's extras em relação a geração) Ancilae, "jovens" de 100 anos nos tempos modernos.
Planta da Cidade na época

- Em respeito ao envolvimento dos clãs na crônica (nada de inchaço da comunidade vampirica de uma hora para outra) a 1º história permite a entrada de apenas um jogador por clã/linhagem; dois personagens de jogadores com mesmo clã só serão permitidos na 2º história, e assim sucessivamente, até esse limite acabar nos tempos modernos.  

- Para ajudar no clima "anti-superpowers" em meio a um cenário que é preciso ser sutil, os pontos são diminuídos e todos só podem começar com duas das 3 disciplinas de clã, cada uma com um único ponto. A ideia é desenvolver poder consonante com o aprendizado do clima de jogo.

Por fim...

Fica o nosso convite ao interessados em jogar Vampiro A Máscara, mesas uma vez ao mês (talvez ampliemos para duas, dependerá da dinâmica das mesas) na Cidade Nova (ou além, dependendo da leva de jogadores a se aproximarem) e só entrar em contato por aqui mesmo...Por hora, não será possível escolher Malkavian, Lassombra, Brujah, Tremere e Filhas da Cacofonia, por jogadores já terem selecionado... 







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