segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

RPG em Narrativa compartilhada: Guardiões dos Sonhos

Ótima Narrativa Compartilhada!

Ontem (domingo, dia 05/02/2012), realizamos PlayTest de nosso projeto Guardiões dos Sonhos. Depois da perfeita opinião do Tanatoth (Thales), que indicava o problema de o jogador narrar a cena depois de um Lance dos Dados Mágicos com a derrota de Sonhos, porque assim ele deveria narrar uma situação ruim ao seu personagem e por vezes o grupo todo, o que traria desmotivação e pouca disponibilidade em imaginar a situação, organizamos para que o decorrer de uma sessão se desse em uma rodada onde cada jogador inicia a descrição da cena e em determinado momento o Lorde Onírico (Narrador/organizador) exige que os dados sejam lançados. Caso os Sonhos vençam no lance, o jogador continua a cena, com a descrição positiva a si e/ou ao grupo. Caso Pesadelos vençam, o Narrador termina a cena, de forma negativa ao personagem do jogador. Após um dos casos, o jogador em seguida continua a narração, a partir da última cena explicada, e a dinâmica segue até acabar a rodada, e reiniciar outra. 

A meu ver, isso correu com perfeição ontem, onde eu, enquanto narrador, participava da narração apenas nas vitórias de Pesadelos, e quando havia uma passagem de um Estágio para outro, em que o Senhor dos Sonhos e Pesadelos (Narrador/organizador) deve introduzir o novo cenário. 

Se não tiver imaginação, não vai se dar tão bem assim...

Destaco perfeitamente ainda a ideia que surgiu a partir do Alado (Júnior) de que a narrativa tenha uma intensidade frente ao resultado dos Dados. Logo, vencer com um nível alto não significa que você, como jogador, vá ganhar todos os pontos de experiência pela vitória (que ao fim do estágio se tornam pontos de Imaginação para "turbinar" o persona) caso a narrativa, a descrição e contação da cena, não seja equivalente àquele nível. Ou seja, não adianta conseguir um nível 6 por exemplo, e narrar "eu escapo da prisão", e pensar que vai ganhar mesma quantia de experiência que esse nível disponibiliza. Algo assim precisa ser grande, exagerado, muito bem descrito, para valer os pontos de experiência necessários, e em determinados estágios, evitar a "ira" do Senhor dos Sonhos e Pesadelos, atrapalhando o jogador com modificações nos Lances de dados. 

Este é o mundo Onírico, onde tudo é possível; ficaria equivalente a um nível alto, por exemplo "eu estou preso; lembro que tenho uma missão, e todos estão esperando por mim; meu ódio pelos inimigos cresce, até certo ponto de despertar um poder adormecido...uma energia que eu não controlo começa a absorver tudo ao redor, como um redemoinho...os guardas lá fora percebem, e ao abrir a porta, são imediatamente despedaçados pelo poder, que eu consigo controlar e direcionar a eles...quando aquela energia finalmente se acalma, vou até o topo do castelo, depois de cambalear após o desaparecimento daquele poder..."

Parece que será necessário um texto especial falando sobre a arte da narrativa no livro completo de Guardiões dos Sonhos, pois ainda há muita dificuldade em muitos RPGistas, principalmente os não acostumados em narrar/mestrar.

Me parece que o livro caminha para não ser de bolso...

Interação em 1º pessoa

Como no início focamos em contar histórias em 3º pessoa, acabou que em determinado momento, quando os jogadores buscaram interagir com outros, destoou um pouco na dinâmica. Assim, é importante escrevermos sobre isso também, que não se feche ali na narração em 3º pessoa, mas também haja a interação entre os personas, e isso seja instigado, e se mescle nos turnos de cada um esse jogo entre 1º e 3º pessoa.

Regras

Quanto às regras, no 4º estágio ouve uma modificação para comportar a ideia de que, o jogador pode ter ficado com um personagem bem poderoso (Imaginação alta, o que permite usar mais e mais pontos de Fantasia para melhorar o Lance) mas isso também trouxe benefícios ao Senhor dos Sonhos e Pesadelos, que pode assim usar Dados de Pesadelos contra todos igual ao maior nível de Imaginação entre seus oponentes. As disputas nos Dados foram bem interessante nessa 4º fase.

Sobre o Dado Mágico de Ouro, ele se mostrou extremamente poderoso, podendo manipular o Lance com tranquilidade, então retirei a possibilidade de um Lance manipulado dar outro Dado de Ouro; iria ficar um combo absurdo.

Impressões

Bem, essas foram as minhas impressões gerais de nosso PlayTest completo, após o término e divulgação do 1º material para PlayTest versão 1.0. No geral, muito positivas, jogo extremamente divertido.

PS: Quero destacar a ideia do jogador com o carro de brinquedo, com a ideia simples mas efetiva de ligar as luzes do farol do carro para iluminar a escuridão... e do Troll Master por atingir o "Boss" com a Lua (!!!)

PS2: Comentem ai pessoal que jogou, aguardando as impressões da sessão com o MGRPG.

Para quem ainda não leu a versão Playtest:

BAIXAR A VERSÃO PARA PLAY TESTE DE GUARDIÕES DOS SONHOS

2 comentários:

  1. Eu sou o jogador do carro.. gostei do texto e do jogo.
    Eu sou muito ruim em usar imaginação ou criatividade

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  2. Não é só você que tem essa dificuldade Jonas...em verdade, um dos grandes objetivos desse jogo é instigar os jogadores a desenvolverem a mesma...obviamente que ela não virá do nada, apenas jogando, mas é preciso acumular vivencias, ampliar memórias...

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