quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Mais Contos e traços para Nephalin - A Falange dos Esquecidos

Enquanto estamos preparando o resumo para a apresentação das Línea de Baalihan, fiquem com mais contos e traços para nosso cenário gótico contemporâneo...

♥♫♥Sedução♥♫♥
•••
O chicote apertava-lhe o pescoço, mas era seu Spiritum que sentia. Envolvido pelo doce veneno das palavras de Francesca, aquele jovem Bastião dos Céus sentiu-se como um inseto preso na teia da Astarthian que o envolveu sob o disfarce de uma simples atendente de bar. Naquele momento ele entendeu a fama dos Meio Demônios e dos “pervertidos”.
Dias antes daquela entorpecente situação, Mateus, o Nephalin acima referido, foi enviado a Veneza para se encontrar com uma guarnição que já estava instalada na cidade a 1 mês. A missão era investigar o desaparecimento de alguns padres da cidade. Além dos mesmos, um jovem que se preparava para assumir o posto de carmelengo da igreja católica também sumiu, o que fez com que duas Guarnições de Diluvian Tradicionalistas fossem deslocadas para Veneza. Diante disso a Ordem Real Infernum que era dona dos negócios na cidade ficou muito irritada e “lavou as mãos” para a prostituição local, deixando tudo nas mãos dos Artarthian, os responsáveis pelos sequestros, que certamente não foram aleatórios.

Com a movimentação dos caçadores, a Guarnição Celestium não estava agindo junta fisicamente. Coordenava seus movimentos, se comunicava secretamente, mas nunca se encontravam no mesmo local. Caso perdessem os rastros um dos outros, estavam ordenados a reconfigurarem toda a missão, por motivo de segurança.
Assim, Mateus chegou em Veneza e teve suas primeiras instruções por um envelope secreto deixado em uma capela no subúrbio de Veneza. Havia um bar sendo investigado, e a partir dali ele deveria passar-se por um novo frequentador, recentemente divorciado em busca de novos ares em Veneza, e que precisava afogar as mágoas.
O local chamado “American bar” era o alvo, e suas noites pareciam simples demais para um local que escondia uma casa de prazeres. Ali o Nephalin Celestium conheceu a bela atendente de corpo esguio, branca como a neve e de olhos azuis, cabelos negros e longos, Francesca era uma típica italiana do norte.
- Boa noite senhor, do que deseja se servir? – Perguntou a mesma enquanto lhe apresentava o cardápio aberto, ao mesmo tempo que fixava os olhos no sério mas curioso olhar castanho de Mateus. – Er...bem... quero o prato da noite – Disse com certo nervosismo, típico de quem tinha contato com a Sedução, uma dos Aspectos dos Astarthian.
A atendente se retirava enquanto mantinha os olhos em Mateus, e fazia seu rosto acompanhar o movimento dela; e continuou seguindo o belo desfilar entre as mesas, precisando virar o corpo na cadeira, até que ela entrou em uma das portas de acesso a cozinha. Naquele dia o Bastião ficou no bar até o último freguês sair, e até todos os funcionários começarem a sair. Como quem não queria nada, por acidente acompanhou aquela que se chamava Francesca, como se apresentara para ele, até sua casa, pois onde ele estava ficava no caminho. Para passar o tempo pelo caminhar naquela bela cidade, a sua falsa história de homem recém divorciado foi bastante conveniente.
Ao longo dos dias, Mateus seguio frequentando o bar. Em determinado dia foi encontrado na cozinha por um dos atendentes, enquanto procurava a suposta casa de prostituição nos fundos, e se esquivou dizendo que procurava o banheiro. Uma semana se passava e nada lhe chamava a atenção, a não ser a encantadora atendente. Foi conhecendo os vizinhos da mesma, eram também atendentes do bar e moravam no mesmo andar do prédio de Francesca, a maioria migrantes do sul ou imigrantes do norte da áfrica.
Ao fim da 1º semana de investigação, Mateus recebeu informações de que aquele alvo era frio, e deveria iguinorá-lo e aguardar novas instruções. Mas ele não queria, e teve dúvida. Seus estudos e treinos lhe trouxeram conhecimentos sobre o comportamento de alguns Baalihan, e sabia da sutileza quase invisível dos mesmo; talvez Francesca fosse o alvo. Por outro lado, pensava nas evidências de sua Guarnição, ele era jovem, os outros estavam a mais tempo na cidade e eram mais experientes, provavelmente estavam certos, mas porque ele não queria deixar de estar perto da jovem italiana? Estaria ele apaixonado?Ignorando sua dúvida, preferia seguir no rastro.
No dia seguinte ao comunicado, a noite no bar teve a visita da polícia, que chegou com duas viaturas no local. -“Sim eu estava certo, é aqui o alvo”- pensou o Bastião, ao mesmo tempo que manteve inerte em seu canto, com medo de ser notado como um Meio-Anjo, pois imaginava que certamente entre os policiais haviam Diluvian infiltrados. A ordem de investigação era a suspeita de atividades ilegais, drogas e prostituição de menores. Para a surpresa do Bastião e dos Diluvian que realmente estavam infiltrados na polícia, não encontraram nada.
De fato, é hora de sair daqui”, pensou Mateus. E por uma noite não foi ao bar. Mas naquela mesma noite não parou de pensar na bela italiana. Para ele sua dúvida se dissipara. Não havia Baalihan, nem casa de prostituição, nem padres sequestrados ali; mas havia uma deusa de pele clara como a neve, e ele estava apaixonado.
Nos dias que se passaram, o jovem em missão por sua Ordem Real conheceu mais ainda Francesca, e ela visitava-o antes de ir ao trabalho. O Bastião extranhou o fato de se passar mais uma semana e nada de receber informações de sua Guarnição. Mas se contentava com o pedido que fizeram para que ele esperasse, isso lhe dava tempo para conviver com Francesca. Após alguns dias se tornando os mesmos mais e mais íntimos, ela o convidou para dormir em seu apartamento.
Naquele momento o Meio Anjo Celestium lembrou de tudo como um relâmpago; estava claro, até sentia o Vícius emanando de seu corpo musculoso como o suor que o frio daquela noite fazia sublimar. Enquanto se entregava a sedução da Astathian, esqueceu sua missão, os perigos, esqueceu sua Guarnição; nem havia percebido que sua Fé havia diminuido ao entrar naquele andar do prédio. Agora sabia o que realmente os amigos de Francesca faziam nas madrugadas após o trabalho no bar. Agora sabia onde estava a casa de prazeres...
- Bem meu amor, agora sabe onde estão os padres – disse a Astarthian no ouvido de Mateus; e após lamber o sangue que vertia do pescoço apertado pelo chicote, a mesma lançou o último desafio ao jovem: - quer que eu chame meus amigos para continuarmos a festa, ou quer ir la fora correr dos Diluvian, a exemplo dos seus parceiros mortos?

Conto por: Aforen Kass

Um comentário:

  1. Eu matava a vagaba e saia correndo NÚ dos Diluvians. kkkkkkkkkkkkkkkkkk'

    Gostei mto do conto. Parabéns!

    ResponderExcluir