segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Lendas urbanas de Belém: O Lobisomem do bairro da Pedreira

"Mais uma lenda urbana de Belém...mas é apenas uma lenda, talvez pessoas bêbadas a criaram...(e o delírio evitou MESMO que algo sobre aquele ser sobrenatural fosse real naquele acontecimento...)"

 "Esta é a história de um jovem de muito azar e nenhuma beleza, para livrar-se destes problemas procura a ajuda sobrenatural de demônios através de um pacto; consegue sorte no amor e no jogo, mas com a condição de todas as noites de sexta-feira pagar o preço da licantropia..."

O LOBISOMEM DO BAIRRO DA PEDREIRA

Sabemos dos poderes sobrenaturais. Homens que entregam suas almas nas sexta-feira, em uma encruzilhada para ter sorte no jogo ou felicidade no amor.... Isto explicaria a sorte extraordinária de certos indíviduos no carteado ou ainda o fato de homens feios horrorosos mesmo serem amados tão apaixonadamente por lindas donzelas... Mas, ás sexta-feira, quando se aproxima a meia noite, o preço da sorte é pago... e vem a transformação em Lobisomem.

"Gostava de andar sozinho pelas ruas do bairro da Pedreira, principalmente em noite de lua cheia. Era meio esquisito, o rapaz: cor parda, estatura média, cabelos castanho-escuro, crespos, falava baixo e nunca encarava as pessoas. O que tornava mais esquisito, porém, era uma mancha preta que tinha na testa e que, começando na raiz do cabelo, estendia-se até chegar aos olhos e também os dentes irregulares numa grande boca de grosso lábios".

Este seria o retrato que poderia ser tirado do personagem desta história, afirma Guapindaia Assu de Moraes, nosso informante, e prossegue a narração.

Naquele ano de 1946, um dos muitos clubes da Pedreira preparava seus craques para campeonato de dominó, que seria realizado no mês de Agosto.

Enquanto isto, la fora, a lua cheia daquela sexta-feira passeava tranquilamente em seu itinerário pelo céu, transformando a noite em dia prateado. Os galos, ao longe, cantavam...

Identificou-se, sentado á mesa de jogo, bastante nervoso, consultando constantemente o relógio. Pensavam que seu estado era dividido a disputa e que olhava o relógio com receio de não dar tempo de jogar.

E dado o momento, repentinamente, debruçou-se á mesa; parceiros, adversários, "olheiros" e "perus", todos esperando pela sua jogada e nada...! Continuava debruçado. E começou a tremer, tremer, a tremer.... e espumava...aos poucos, seu físico foi se transformando, enquanto emitia sons, mistos de ronco de porco e guincho de animal acuado... e levantando a cabeça! TODOS recuaram horrorizados, enquanto parceiros mais adversários levantavam-se como se por raios fossem impelidos, lá estava o companheiro de jogo: os olhos saltavam e faiscavam, os dentes haviam crescido, parecendo presas, os cabelos desciam de suas testa através do sinal escuro, as mãos metamorfosearam-se em garras....

Numa espécie de "salve-se quem puder", os frequentadores abandonavam apressadamente a sede do club, derrubando mesas e cadeiras, saltando janelas, espremendo-se pela porta...

Do estranho se emitiu um rugido aterrador, e disparado em direção a porta a fora correu em direção ao mato que crescia mais adiante.

Tremendo muito e ainda em choque com o acontecido, o sócio-contínuo do club, que era cunhado de Guapindaia (o nosso informante), ao lhe contar a história, afirmou:
Foi uma coisa horrível, o Homem transformou-se um uma criatura aterradora que jamais pensei existir, um lobisomem em nossa frente,na frente de todos,meu Deus que coisa Horrível...!

Texto do conto extraído de: dark rock Belém

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