Silent Hill foi um jogo que marcou uma boa fase de minha vida. O clima perturbador ao entrar em uma realidade em que tudo é escuro, vozes e criaturas que podem aparecer em uma sala ou atrás de uma porta, te leva a um relativo desespero se você optar por entrar no clima do jogo. Terror psicológico e muita tensão é a marca do jogo, trazer isto para a mesa de RPG na forma desse cenário certamente é muito positivo.
Então, vasculhando algo sobre isso na blogsfera, encontrei o blog "o chamado de sillent Hill", onde o/os autores estão mandando muito bem adaptando esse magnifico cenário para Storytelling.
Confere abaixo a intro de apresentação do mesmo, e o link de acesso.
“Em meus sonhos inquietos, eu vejo aquela cidade. Silent Hill.”
"Foram estas palavras lúgubres que James Sunderland leu na carta que, supostamente, foi escrita por sua esposa Mary. A carta o convidava para ir à cidade de Silent Hill, encontrar-se com ela. Um convite no mínimo estranho se levarmos em consideração que Mary morrera há três anos."
"Contrariando qualquer senso de lógica, James se dirigiu para a cidade, encontrando-a misteriosamente deserta, silenciosa e amedrontadora. Silent Hill iria se tornar o pior pesadelo de James – assim como o foi para Harry Mason, Angela Orosco, Henry Townshend, Travis Grady, e tantos outros que caíram neste mundo perverso e grotesco no qual aquela cidade pode se transformar."
"De fato, de tempos em tempos, por uma razão ou outra, pessoas caem nesta cidade dasabitada e lá são confrontados com acontecimentos inexplicavelmente irreais, que os fazem duvidar da própria sanidade e de tudo o mais. É como se Silent Hill os atraísse para suas garras, onde estas pessoas se tornam vítimas de um jogo macabro e sobrenatural cuja saída é improvável e a recompensa certamente a morte."
"Medo, violência, pecado e loucura são características corriqueiras deste jogo, e a própria realidade se dobra e é engolida por um mundo demoníaco onde a geografia da cidade se subverte para propósitos malignos."
Silent Hill e o Survivor Horror
"No final da década de 90 o mundo dos vídeo games seria marcado com o lançamento de dois importantes títulos para os fãs de histórias de terror. A Capcom criara sua série Resident Evil e a Konami trouxera, apressada, Silent Hill. Os dois jogos caíram rapidamente no gosto do público e seriam responsáveis pela criação de um novo gênero de jogos: o survivor horror (ou “jogo de sobrevivência) – um estilo de game centrado em perigos amedrontadores, onde o propósito maior dos protagonistas era simplesmente “escapar daquele inferno com vida”."
"Apesar do survivor horror já existir desde jogos como Alone inthe Dark e Clock Tower, Silent Hill e Resident Eviltrariam de volta o estilo com novos conceitos. Ambos também, seriam colocados, desde o início, como rivais dentro do gênero. Resident Evil com estilo de thriller de ação (zumbis, explosões, sustos e armas em abundância) eSilent Hill priorizando o horror pessoal (pouco combate, conflitos psicológicos, clima incômodo substituindo sustos ocasionais, etc.)."
"Talvez por esta razão que a série Silent Hill seja, paradoxalmente, uma franquia tão difícil de transportar para o mundo narrativo do RPG. Enquanto há um espaço maior para a interpretação e a construção de personagem, o clima gradual de tensão e os conflitos internos pelos quais os protagonistas passam é deveras complicado de se recriar sem jogadores comprometidos e um Narrador habilidoso."
"Em Silent Hill os personagens são tragados para um mundo simbólico e maligno que subverte suas crenças no real. Eles questionam se estão vivos, se estão loucos; encontram descobertas pessoais inquietantes que os levam a confrontos morais para que adquiram a redenção final – ou a danação eterna. Sem dúvida um desafio para narradores e jogadores de RPG."
‘O Chamado de Silent Hill’, o blog
"Nos textos aqui contidos – e nos que virão – você encontrará uma transposição do universo de Silent Hill para a dinâmica do RPG. A intenção é instigar jogadores e Narradores a pensar possibilidades para este cenário fabuloso e inquietante. Portanto, não espere encontrar tratados exatos ou análises que cerrem todas as possibilidades do game. Espere encontrar, sim, um vasto e aberto cenário, onde as certezas são poucas e as incertezas servem para dar mais sabor à trama."
"Silent Hill 1 ainda é um clássico. Mais de dez anos após seu lançamento, sua história nunca foi explicada na totalidade. A cada nova análise novas questões são levantadas. Harry estava alucinando? Estava morto ou no leito de morte? Tudo não passou de uma história que ele, como escritor, criou/fantasiou? Ninguém pode ter certeza de nada."
Storytelling + Silent Hill
"Ao criar esta transcrição do cenário dos games para o RPG, apareceu uma dúvida corriqueira. Qual seria o melhor sistema de regras para englobar todas as possibilidades, sem atrapalhar o clima pretendido para as histórias? Na certa, uma dúvida que não possui resposta correta. Os sistemas de regras são ferramentas, e como tal estão sujeitos a bons ou maus usos. Tudo depende do grupo de jogo, de sua dinâmica e da forma como conduzem suas histórias."
"Mas na necessidade de escolher um sistema que auxiliasse na criação das mecânicas desta adaptação, escolhi oStorytelling, por sua simplicidade e foco no horror. Muitos poderão apontar outras possibilidades igualmente aceitáveis (GURPS, Call of Cthulhu, Storyteller, etc.), e pensando nisto procurei nutrir toda e qualquer menção às regras de descrições detalhadas que irão servir de base para, com um pouco de bom senso e trabalho, a utilização de qualquer outro sistema. Vale aquele habitual e velho bordão de que “o importante não são as regras, mas a diversão”."
Acompanhe o blog: http://silenthillrpg.wordpress.com
O blog deles é lindo, e o material bastante profissional. Espero que tenhamos pelo menos metade da qualidade que eles tem.
ResponderExcluirObrigado, muito obrigado pelo elogio. Fico muito contente que estejam gostando do conteúdo. Tenho dezenas de textos apenas esperando a revisão para serem postados, então vocês ainda terão bastante material de Silent Hill.
ResponderExcluirTambém quero parabenizá-los pelo blog. Gostei de encontrá-lo, e vou passar a acompanhar com afinco.
Att,
Insoneo