Hoje em dia, não podemos mais dizer que os otakus, os conhecidos " viciados " em desenhos japoneses e na cultura japonesa no geral, são uma minoria. Afinal, o Anime Friends já é até um evento oficial da cidade de São Paulo. E hoje em dia, o mundo otaku e o mundo rpgista estão se unindo cada vez mais.
Eu sou otaku [no caso, otome, o feminino], e acredito que alguns outros colaboradores também sejam, nem que seja só por ter visto Dragon Ball ou Cavaleiros do Zodíaco. E, como qualquer viciada nesse mundo japonês repleto de fetiches e clichês que amamos, adoro jogar um RPG que seja adaptado de um anime. Afinal, quem nunca quis ser o Goku? Quem nunca quis dar um Meteoro de Pegasus no amigo pro qual perdeu no Mario Kart? Bem, eu não dava Meteoro de Pegasus, mas desligava o videogame e mandava o amigo embora... Mas isso é outra história. -também puxava o controle da mão dele e fazia ele perder, mas ok-
E, estão cada vez mais presentes esses aspectos " japinhas " e " animescos " no mundo de RPG. Eu, por exemplo, que faço muito parte da sociedade " online " do RPG, vejo que o tipo de imagem mais usada pra ilustrar um personagem é uma imagem de anime. Ou, as próprias ações dos personagens, muito assemelhadas com os personagens dos devidos animes, isso quando não tem o mesmo nome, é claro.
Mas muito além de imagens e características, temos cada vez mais manuais e os cenários dos devidos desenhos, adaptados para que nós jogadores possamos viver neles. Um dia desses nosso caro Aforen me mandou o manual em inglês de Dragon Ball para eu ler -verdade seja dita, eu só vi a capa até agora- pra jogarmos DBZ depois. E, quem se aventurar pelos mares do 4shared, vai achar manuais de Naruto adaptado para 3D&T. Há quem jogue Soul Eater em Storyteller, ou quem faça um sistema próprio para jogar Negima. Quase todo otaku joga RPG e quase todo rpgista é otaku.
Mas! Tem um problema nessa situação. Um problema que, eu não sei se vivenciado só por mim ou se há outros que jogaram esses RPGs que sentiram esse pequeno obstáculo na narração... a falta de criatividade na adaptação.
Parece que é muito difícil pra um mestre fugir um pouco da obra original. Não só com os animes, mas também até com aqueles que narraram/jogaram Harry Potter, Senhor dos Anéis, enfim; adaptações no geral. Quantas vezes já não joguei no RPG 2ic alguns muitos rpgs de animes -são os meus favoritos, não me julguem- e eu vi, a cada sessão de jogo, repetições de cenas ou fatos que estavam presentes na história original. Essa é uma grande falha nos RPGs de animes que eu espero que todos, assim como muitos, conseguiram superar.
Em resumo deste texto que já se prolongou demais -acho que eu podia começar a escrever textos que façam as pessoas dormirem, venderiam bem-, essa fusão dos dois mundos, das duas culturas, " mostra que você pode fazer praticamente qualquer coisa com RPG, e você pode juntar quase qualquer coisa no RPG, e que o RPG em si é só uma ferramenta que ajuda você a ligar culturas e gostos em uma coisa só. -ainda estou esperando que vai se aventurar a narrar Hello Kitty 3D&T Alpha-
Bem, foi isso. FUS RO DAH! o/
Muito bom o post.
ResponderExcluirEu só joguei Naruto até hj... fiz a Hinata e curti pra caramba, apesar de ficar meio perdida um pouco no começo, pq não acompanho o anime(haja coragem).
O problema de falta de criatividade é verdade, o medo dos narradores dairem da verdadeiro história e cagarem em tudo.
Qd narrarem Hello Kitty me chamem, ajhsajshajshau
sempre fui fã de anime,não sou fanatico mas gosto muito,e sempre que me bate a loucura eu faço umas adaptações de animes,tipo Bleach e Naruto para 3D&T.só que adaptar fielmente animes é muito tenso,pq animes não seguem regras e rpgs sim,ainda espero um dia poder ver uma adaptação fiel mesmo de animes que curto muito(quem sabe eu não faço mesmo :P).no mais gostei do post,muito há o que se tirar dele.
ResponderExcluirAnimé é um mundo de criatividade e inspiração. Isso lembra algum jogo?
ResponderExcluir#SemMais
Já tem até comentários, uau =O E sim, os narradores tem medo de sair do original... mas esse medo deixa a história sem graça e repetida. =/
ResponderExcluirNão concordo muito que assistir anime seja diretamente igual a ser otaku/otome..cabe aqui um debate sobre o termo, mas isso é para outra história.
ResponderExcluirO mais importante a se discutir aqui é sobre essa possibilidade de criar rpg's com cenários de anime, e como estes são feitos.
Quero ser bem franco e direto e apontar que em minha opinião não é "o medo de sair do original" que faz a maioria (maioria, não todos) dos narradores repetirem cenas e histórias. Em minha opinião, atormenta uma pobreza cultural que existe não só em relação a narrar com cenários de anime, mas também com outros cenários. Uma coisa é clara: você cria o que o seu arcabouço cultural tem; se você só assiste os mesmos animes, se fica só nas mesmas histórias, não vai criar nada de novo. É preciso ir além; só um exemplo: de onde surgiu toda a fantasia de Tolkien? com certeza ele não acordou um dia e teve uma luz divina na cachola; seu trabalho, que o eternizou, foi forjado com outras leituras, estudos e mesmo com a vivência em outras artes.
Se queremos tornar o RPG algo que destoa na sociedade, se queremos um respeito devido, não dá para ficar na mesmice, na "bitolagem"; é preciso ir além.
PS: quero jogar Dragon ball Z!!!
Prestes a começar uma campanha de Hunter X Hunter feita no sistema World of Darkness, mestrada por um amigo, aqui em Natal-RN. Utilizar temas de anime para jogos de rpg é algo comum entre nós, e a repetição dos acontecimentos é algo que me chateia um tanto. Já rolamos várias campanhas de pokémon, vamos para a terceira de HXH, Shaman King, já se tentou rolar um one-shot de X (aquele da CLAMP), não lembro de outros. Alguns mais bem sucedidos, outros menos, mas nenhum chegou realmente a um final ou ponto decisivo, infelizmente, por diferentes razões. Aplicar aquilo que se gosta nos RPGs é básico, e deve ser estimulado.
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