Sexta-feira, 28/10/2011, 03h10
Amazônia Comicon: o mundo dos quadrinhos é aqui
Pegar, folhear, deixar a imaginação flutuar nas cores e formas das páginas, participar das aventuras de homens e mulheres mascarados que lutam para combater as ameaças a paz do mundo. Ou que tal mergulhar nas andanças de um samurai japonês em busca de vingança, de um fantasma que na verdade é um espírito que anda? Ainda é possível criar afinidade com um garotinho e seu tigre, que discutem sobre o sentido da vida, ou conhecer a vida de uma fogosa e entediada garota europeia. Todos esses personagens moram no universo da arte sequencial, HQ, 9ª arte, gibi ou revistinha, que é o grande chamariz da Amazônia Comicon, a Feira de Quadrinhos e Cultura Pop, que começa hoje e vai até domingo.
Repleta de atividades, a programação da Comicon local conta com mostras de filmes, exposições, workshops, oficinas, palestras e uma festa de arromba oitentista no Acordalice Bar Café. “Teremos também concurso de cosplay e mesas livres de RPG, grupos que normalmente fazem eventos em separado, mas que resolvemos chamar para congregar nesse evento, o que o torna maior e provoca uma convergência em cima da cultura pop”, frisou Luiz Cláudio Martins Negrão, coordenador do Amazônia Comicon através da Ponto de Fuga, associação que realiza o evento.
Criado em 1991, o grupo de quadrinistas Ponto de Fuga celebra 20 anos de existência com o lançamento da revista homônima, uma coletânea que reúne trabalhos de sete artistas, entre eles o próprio Luiz com a obra “O Espelho”. Participam ainda Alan Yango, Luiz Cláudio, Faeli, Alcyr Nunes, Alex Barros, Carlos Paul e Emanoel Tomaz.
O nome do grupo refere-se a uma regra de desenho, de onde partem as linhas guias para criação. “Ficamos um bom tempo parados e retomamos agora com a ideia de associação cultural, defendendo a produção independente. Para isso nos formalizamos e agora estamos concorrendo em editais e podendo captar recursos para os projetos. Reformulamos, construímos estatuto, para aceitar, além de desenhistas e roteiristas, quem gosta da linguagem, pesquisadores, colecionadores, arte-finalistas, sendo que, após o evento, que fortalece a ideia de associação, vamos focar no recrutamento de novas pessoas”, explicou Luiz Cláudio.
DIFICULDADE LOGÍSTICA
Segundo Luiz Cláudio, a feira havia sido pensada para ser internacional, um evento de convergência de mídias populares, nos moldes de outros que existem pelo mundo, iniciaram com um público pequeno e hoje arrastam centenas de milhares de pessoas para conferir as novidades de games, lançamentos de filmes e HQs: “Mas as dificuldades de patrocínio foram várias - Estamos inscritos na Lei Semear, em outros editais, mas não conseguimos captar - e, em vez de cancelar o evento, resolvemos fazer uma prévia menor, que é um festival local, para lançar a ideia de Comicon”.
Ele ressaltou que o evento só saiu do papel pela necessidade de marcar território e fazer o governo visualizar os quadrinhos como uma expressão artística que também dá retorno, tem público e mercado na cidade. “Realizando a primeira edição, com a participação massiva do público e agregando outras expressões da cultura pop, chamamos atenção das grandes lojas e marcas, que podem se interessar em colocar seus estandes na feira internacional que realizaremos em maio de 2012”, acrescentou o coordenador da Amazônia Comicon.
Luiz apontou que, no Brasil, as feiras de quadrinhos expandiram muito nos últimos anos. “A Rio Comic, por exemplo, tem um recorte de Feira do Livro mas com um público diferenciado. Já a Feira Internacional de Quadrinhos em Curitiba existe há 7 anos”, apontou. E, falando do que vai acontecer nessa primeira edição da Comicon local, haverá o lançamento do curta metragem “O Ogro”, domingo, às 15h, uma animação que conta a obra e a vida de Julio Shimamoto. “O filme participou de vários festivais importantes, como o Anima Mundi, e fala de um cara que, aos 70 anos, é um dos nomes mais importantes dos quadrinhos no Brasil”, disse o coordenador do evento.
Espaço é aberto para comercializar HQs
Hoje e amanhã, o espaço será para troca e venda de títulos, no IEEP. “Cada um pode levar o seu comercializar, coleções inteiras se quiser, inclusive quem tiver material para mostrar, ou faça toy art e cosplay, a Feira é um espaço aberto, pode comercializar o material, não cobraremos taxas”, adiantou Luiz Claudio. As exposições serão três, no IEEP, Memorial dos Povos e Cine Ópera, e serão compostas por obras de autores nacionais e locais, como do ilustrador paraense Eliezer França, do coletivo Catarse.
Na parte das oficinas, serão ofertados ensinamentos sobe “História em Quadrinhos”, “Fanzine – como montar um”, “Animação em 2D” e “Linguagem Cinema e Quadrinhos”. Membro da Associação de Jovens Críticos do Pará, Aerton Martis ministra a última oficina e palestra sobre o tema na sexta-feira de tarde, com exibição do filme Mirageman que conta a história cruel de um super herói da vida real, Dirigido p/ Ernesto Díaz Espinoza e estrelando Marko Zaror. “Exibiremos ainda durante o Comicon os filmes Capitão Marvel (1941), Flash (1990), o clássico A Volta do Incrível Hulk, sendo que faremos sorteios de brindes cedidos pela loja 9ª arte, como martelo do Thor”, contou Luiz, dando uma prévia da diversão que ronda o evento para aficcionados.
No sábado de tarde, todos estão convidados a ir ao Olympia vestidos de zumbis e de cosplay participar de um flash mob. No domingo, não haverão atividades pela manhã e os fãs de HQs se encontram a tarde na exibição de “Fanzineiros do Século Passado”, documentário que mostra como era a produção dos Fanzines, espécies de revistas punk - faça vc mesmo – sobre cultura pop ou tudo que interessava a juventude, importando a liberdade de expressão.
Liga erótica
Dylan Dog, personagem italiano com uma pegada noir, é tema do longa exibido na seqüência. E ao anoitecer, o Cine Ópera é o ponto de encontro para a exibição da Mostra de uma versão erótica da Liga da Justiça. A entrada custa R$ 7, aceitando meia entrada e a sessão é proibida para menores de 18 anos, logicamente. O Amazônia Comicon se despede após dias intensos de aprendizados, desenhos, escritas, filmes, exposições e fantasias com a festa no domingo a noite. O Acordalice Bar, com todo seu apelo oitentista, foi o local escolhido, para festa que relembra a década maldita, seus personagens de quadrinhos, desenhos e animes mais emblemáticos, como a Caverna do Dragão.
“Vamos fazer eleição de melhor Cosplay, que ganha um presente da 9ª arte e de uma outra livraria, banca do Fernando que doou mangas e material de RPG. A banda Leoni toca músicas antigas e Grupo Massacote participa da festa, interagindo com o público, numa confraternização pop”, informou Luiz Cláudio.,
PRESTIGIE
I Festival de Histórias em Quadrinhos e Cultura Pop da Amazônia - Amazônia Comicon. Abertura hoje às 19h, no Memorial dos Povos (Av. Gov. José Malcher), com lançamento da revista comemorativa aos 20 da Ponto de Fuga. Informações: 8844-0427 e 8745-0273.
Fonte: Diário do Pará
Repleta de atividades, a programação da Comicon local conta com mostras de filmes, exposições, workshops, oficinas, palestras e uma festa de arromba oitentista no Acordalice Bar Café. “Teremos também concurso de cosplay e mesas livres de RPG, grupos que normalmente fazem eventos em separado, mas que resolvemos chamar para congregar nesse evento, o que o torna maior e provoca uma convergência em cima da cultura pop”, frisou Luiz Cláudio Martins Negrão, coordenador do Amazônia Comicon através da Ponto de Fuga, associação que realiza o evento.
Criado em 1991, o grupo de quadrinistas Ponto de Fuga celebra 20 anos de existência com o lançamento da revista homônima, uma coletânea que reúne trabalhos de sete artistas, entre eles o próprio Luiz com a obra “O Espelho”. Participam ainda Alan Yango, Luiz Cláudio, Faeli, Alcyr Nunes, Alex Barros, Carlos Paul e Emanoel Tomaz.
O nome do grupo refere-se a uma regra de desenho, de onde partem as linhas guias para criação. “Ficamos um bom tempo parados e retomamos agora com a ideia de associação cultural, defendendo a produção independente. Para isso nos formalizamos e agora estamos concorrendo em editais e podendo captar recursos para os projetos. Reformulamos, construímos estatuto, para aceitar, além de desenhistas e roteiristas, quem gosta da linguagem, pesquisadores, colecionadores, arte-finalistas, sendo que, após o evento, que fortalece a ideia de associação, vamos focar no recrutamento de novas pessoas”, explicou Luiz Cláudio.
DIFICULDADE LOGÍSTICA
Segundo Luiz Cláudio, a feira havia sido pensada para ser internacional, um evento de convergência de mídias populares, nos moldes de outros que existem pelo mundo, iniciaram com um público pequeno e hoje arrastam centenas de milhares de pessoas para conferir as novidades de games, lançamentos de filmes e HQs: “Mas as dificuldades de patrocínio foram várias - Estamos inscritos na Lei Semear, em outros editais, mas não conseguimos captar - e, em vez de cancelar o evento, resolvemos fazer uma prévia menor, que é um festival local, para lançar a ideia de Comicon”.
Ele ressaltou que o evento só saiu do papel pela necessidade de marcar território e fazer o governo visualizar os quadrinhos como uma expressão artística que também dá retorno, tem público e mercado na cidade. “Realizando a primeira edição, com a participação massiva do público e agregando outras expressões da cultura pop, chamamos atenção das grandes lojas e marcas, que podem se interessar em colocar seus estandes na feira internacional que realizaremos em maio de 2012”, acrescentou o coordenador da Amazônia Comicon.
Luiz apontou que, no Brasil, as feiras de quadrinhos expandiram muito nos últimos anos. “A Rio Comic, por exemplo, tem um recorte de Feira do Livro mas com um público diferenciado. Já a Feira Internacional de Quadrinhos em Curitiba existe há 7 anos”, apontou. E, falando do que vai acontecer nessa primeira edição da Comicon local, haverá o lançamento do curta metragem “O Ogro”, domingo, às 15h, uma animação que conta a obra e a vida de Julio Shimamoto. “O filme participou de vários festivais importantes, como o Anima Mundi, e fala de um cara que, aos 70 anos, é um dos nomes mais importantes dos quadrinhos no Brasil”, disse o coordenador do evento.
Espaço é aberto para comercializar HQs
Hoje e amanhã, o espaço será para troca e venda de títulos, no IEEP. “Cada um pode levar o seu comercializar, coleções inteiras se quiser, inclusive quem tiver material para mostrar, ou faça toy art e cosplay, a Feira é um espaço aberto, pode comercializar o material, não cobraremos taxas”, adiantou Luiz Claudio. As exposições serão três, no IEEP, Memorial dos Povos e Cine Ópera, e serão compostas por obras de autores nacionais e locais, como do ilustrador paraense Eliezer França, do coletivo Catarse.
Na parte das oficinas, serão ofertados ensinamentos sobe “História em Quadrinhos”, “Fanzine – como montar um”, “Animação em 2D” e “Linguagem Cinema e Quadrinhos”. Membro da Associação de Jovens Críticos do Pará, Aerton Martis ministra a última oficina e palestra sobre o tema na sexta-feira de tarde, com exibição do filme Mirageman que conta a história cruel de um super herói da vida real, Dirigido p/ Ernesto Díaz Espinoza e estrelando Marko Zaror. “Exibiremos ainda durante o Comicon os filmes Capitão Marvel (1941), Flash (1990), o clássico A Volta do Incrível Hulk, sendo que faremos sorteios de brindes cedidos pela loja 9ª arte, como martelo do Thor”, contou Luiz, dando uma prévia da diversão que ronda o evento para aficcionados.
No sábado de tarde, todos estão convidados a ir ao Olympia vestidos de zumbis e de cosplay participar de um flash mob. No domingo, não haverão atividades pela manhã e os fãs de HQs se encontram a tarde na exibição de “Fanzineiros do Século Passado”, documentário que mostra como era a produção dos Fanzines, espécies de revistas punk - faça vc mesmo – sobre cultura pop ou tudo que interessava a juventude, importando a liberdade de expressão.
Liga erótica
Dylan Dog, personagem italiano com uma pegada noir, é tema do longa exibido na seqüência. E ao anoitecer, o Cine Ópera é o ponto de encontro para a exibição da Mostra de uma versão erótica da Liga da Justiça. A entrada custa R$ 7, aceitando meia entrada e a sessão é proibida para menores de 18 anos, logicamente. O Amazônia Comicon se despede após dias intensos de aprendizados, desenhos, escritas, filmes, exposições e fantasias com a festa no domingo a noite. O Acordalice Bar, com todo seu apelo oitentista, foi o local escolhido, para festa que relembra a década maldita, seus personagens de quadrinhos, desenhos e animes mais emblemáticos, como a Caverna do Dragão.
“Vamos fazer eleição de melhor Cosplay, que ganha um presente da 9ª arte e de uma outra livraria, banca do Fernando que doou mangas e material de RPG. A banda Leoni toca músicas antigas e Grupo Massacote participa da festa, interagindo com o público, numa confraternização pop”, informou Luiz Cláudio.,
PRESTIGIE
I Festival de Histórias em Quadrinhos e Cultura Pop da Amazônia - Amazônia Comicon. Abertura hoje às 19h, no Memorial dos Povos (Av. Gov. José Malcher), com lançamento da revista comemorativa aos 20 da Ponto de Fuga. Informações: 8844-0427 e 8745-0273.
Fonte: Diário do Pará
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