"Situações definem ações, ações definem corações, corações definem HERÓIS". Na mesa de Senhor dos Anéis o meu personagem, um ladrão que não sabe roubar (um Sandro) era avacalhado por quase todos do grupo, e foi assim por quase três mesas, na terceira mesa a chance de provar que o meu personagem não era um peso morto no grupo surgiu, tínhamos que invadir uma guilda de ladrões, até que passamos por algumas dificuldades mas não esperávamos o que viria em seguida, um ser que pôs até o bárbaro do grupo se mijando de medo, o único doido e com instinto de sobrevivência suficiente (e também estrategista nato) matou (pelo menos eu acho) o ser. Se o meu personagem morresse ali, eu não ficaria triste ou irritado ao contrario eu ficaria feliz, e olha que eu gosto dele, como jogador temos que aprender que as vezes a historia do teu personagem é mais importante do que pontos bem gastos ou riquezas, temos que aprender que situações de conflitos em que é necessário um herói ele pode vir do mais improvável dos lugares, e que cada um de nos tem algo assim no mundo real.
"(....)“É isso, é assim que termina, esse é o fim?! Qual o porquê
disso tudo?!”, ele pensa, é o fim de uma tarde sangrenta, o frio glacial da
noite que começa a subir mostra que as coisas que virão só serão piores. Nada
de bom, nada de fácil é o que ele vê, parece que a morte esta voando na direção
dele, “Porra! Eu to quase desmaiando não vô poder ficar em pé muito tempo, mas
de qualquer jeito o fim ta bem ai na minha frente e eu não posso fugir disso”.
Mas como se por um segundo, quando os raios de sol deram seu ultimo brilho, um
vento quente forte, vivo, começou a soprar no deserto, como se o dia estivesse
mostrando seu ultimo esforço, o guerreiro pensa, “Se eu for morrer que seja por
que eu corri para a boca da morte, e não simplesmente fiquei parado com medo de
uma coisa que eu sempre soube que ia acontecer”. E ele correu.(....)"
-trecho do livro que eu to escrevendo.
A morte dos Heróis
Matar os personagens é uma opção arriscada.
Mas, quando bem empregada, pode dar um sabor especial à aventura.
Artigo publicado na Dragão Brasil #05
A carta do leitor Maurício Salles Delayti, publicada na seção Pergaminhos dos leitores em Dragão Brasil #03, levantou uma polêmica interessante: os heróis devem morrer? Alguns Metres de Jogo são sádicos, que não pegam o verdadeiro espírito do RPG e jogam "contra" os personagens, matando-os indiscriminadamente - das maneiras mais hediondas que as regras permitirem. Esses Mestres, contudo, não conservam o cargo por muito tempo: fatalmente os jogadores vão se revoltar e abandonar o grupo, ou então eleger outro mestre para suas partidas.
Nem por isso, entretanto, a morte dos heróis deve ser totalmente descartada pelo Mestre. Afinal, uma aventura de RPG sempre tem perigos - e perigos costumam matar. Se os heróis nunca morressem, ninguém precisaria de Pontos de Vida. E as partidas seriam um bocado chatas, pois não haveria riscos. Um Mestre homicida provoca a revolta dos jogadores, mas, um Mestre que nunca mata ninguém acaba criando verdadeiras aventuras "sedativas". Sem falar que os jogadores podem ficar mal-acostumados e se acharem imortais: nunca recuam, nem mesmo diante do maior dos dragões - e o mestre não conseguirá mais detê-los, exceto com suas mortes.
Como e quando matar?
Em RPG, a morte É REALMENTE necessária. Mas você, como Mestre, deve saber o momento certo de administrá-la.Não tente bancar Deus e sair por ai matando heróis indiscriminadamente - ou por motivos que apenas você conhece. Isto aqui não é vida real, e nem se parece com a vida real! Uma aventura de RPG é como o roteiro de um filme: se o público (os jogadores, no caso) não gostar, não vai mais assistir filmes dirigidos por você.
Aliás, você pode se inspirar nos filmes, livros e gibis para aprender a explorar melhor a morte dos heróis. Quase sempre, a morte de um personagem acontece no fim da historia a serve para salvar o mundo. Foi assim em O Exterminador do Futuro 2, em que um ciborgue Arnie mergulhou em um tanque de aço derretido para destruir os segredos de sua fabricação; ou em Aliens 3, em que Rypley fez a mesma coisa para que o embrião alienígena em seu corpo não caísse nas mãos dos vilões.
O assassinato de um parceiro pode servir também como tema para a aventura. Na historia em quadrinhos o Robin, o garoto-prodígio foi morto pelo Coringa - que, por sua vez, foi perseguido por um Batman furioso e vingativo. Nesse caso, o personagem morto não precisa ser necessariamente um dos aventureiros: pode ser uma donzela que pede ajuda, um cavaleiro que se une ao grupo, ou até um animal ferido. Esse figurante participa da aventura por um tempo, o suficiente para conquistar a afeição ou respeito dos heróis, e depois é morto pelo vilão de historia - o que daria aos aventureiros a motivação adicional da vingança.
Voce pode também matar um heróis para fazê-lo ressuscitar oportunamente, em uma volta triunfal. Certos seriados japoneses adoram abusar desse recurso: Ultraman, UltraSeven, Jiban e Black Kamen Rider são apenas alguns super-heróis nipônicos que morreram nas mãos de seus inimigos - apenas para retornarem no episodio seguinte, mais poderosos do que antes e dispostos a dar o troco. E, claro, não podemos esquecer do que aconteceu em A Morte do Super-Homem (alguém achou que ele ia MESMO continuar morto?).
Por fim, a morte pode ser apenas um sustinho - um aviso para que um jogador muito impetuoso tenha mais cautela. Você pode matar o sujeito a fazê-lo ressuscitar pouco depois, com alguma poção magica, um aparelho miraculoso ou por simples intervenção divina. Mas cuidado: não deixe os jogadores pensarem que seus heróis serão ressuscitados sempre que morrerem, ou você terá nas mãos um bando kamikaze!
O papel do morto
Nem toda a responsabilidade de uma boa morte, sem traumas para o jogador, recai sobre o mestre. O jogador também deve estar disposto a aceitar isso numa boa. Jogadores novatos tendem a se apegar demais aos personagens, e ficarem extremamente deprimidos quando eles morrem. Eles colocam nos heróis parte do que são - e não é agradável ver essa parte de morrer. Etá errado! Jogadores experientes não ligam a minima se seu personagem morre, principalmente se ele morreu salvando o mundo ou cumprindo sua missão. Um herói de RPG é como uma fantasia que você veste, um papel que você representa. Ele não é real. Você o fabricou com imaginação, criatividade e alguns minutos debruçado sobre uma planilha - e esses materiais você tem de sobra. Se o herói morre, NENHUM pedaço seu vai com ele.
Aprenda a receber com naturalidade a morte do seu herói. Não use apenas um, tenha sempre vários personagens favoritos, acostume-se a interpretar tipos diferentes. Seu personagem morreu? Então faça outro. Você gosta dele? Então faça outro parecido. Você ficou chateado? Não fique.
P.S.: Isso é a morte de um herói., eu chorei.
Eu tenho esse scan aki no pc. Cara, eu tb chorei. #ByePeter
ResponderExcluirmuito bom!!!!!!!!!!!
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