quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mesas de poder nos aproximam dos deuses



Há participantes de mesas de poder que com algum conhecimento desejam criar em base a parâmetros de realidade, respeitando o pergaminho em mãos e a receita mágica relacionada ao mesmo; se esforçam para criar uma elaborada existência e unir ponto a ponto das características com o prelúdio criado. É o empenho por simular ao máximo a vida de um outro ser, e assim como o mago conjurador que busca tirar do mana um guerreiro que surja no ar, ter sensação de grande poder por criar algo próximo da perfeição. Mas até onde se consegue colocar em algo artificial a complexidade de uma vida?

Golens e andróides

                Em muitos mundos vemos que seres com parte natural, parte artificial, são gerados de diferentes formas e com variados meios, sejam por sábios poderosos ou grandes corporações tecnológicas. Almejam um velho sonho talvez de todos os seres existentes nas diferentes dimensões: se aproximarem das essências criadoras, sejam elas deuses ou explicações lógicas.
                Esse é um sonho relativamente possível aos senhores e senhoras que se encontram nas místicas mesas de RPG, porque podem criar vidas. Mas até certo ponto, essas vidas também se comparam aos golens ou andróides: pautadas em números e sistemas, carecem de muito da essência dos seres vivos, são incompletos, no máximo próximos da totalidade. Mas em minha opinião, o Role Playing Game possui um poder tão absurdo que é possível se aproximar muito mais da perfeição que qualquer outro método arcano ou científico.

Representando Deuses

                Há dois caminhos, duas vertentes de poder que aos meus olhos permitem o que de mais perfeito há na criação de seres que não passam por mãos com habilidades divinas. Mas não podem estar isoladas, e sim devem ser realizadas em uma combinação perfeita que requer anos de práticas e aprimoramentos mágicos. Uma é a já tratada aqui, unindo o conteúdo e a fórmula, a organização dos dados de criação com os métodos de utilizá-los. Isso gera a forma não tão perfeita. Mas ao ligá-la com o poder arcano narratologístico, em que você utiliza de palavras de encantamento e poder para dar vida àqueles números, interpretando-os, entendendo seus limites, fazendo com que sejam a essência de toda uma história por trás dos mesmos...Isso é fantástico, e em meu ponto de vista superior aos poderes incomensuráveis e uma escala a mais de poder em relação apenas ao arcano narratológico.
             Por fim, reitero e faço um convite a todos os estudiosos que mergulhem mais nessa Escola, não acredito que a simulação das realidades vivas seja tão defeituosa a ponto de ser falsa, ao mesmo tempo que não vejo a narração auto suficiente. É preciso encontrar os melhores métodos de abarcar o jogo e a interpretação nos espaços de poder.  

By Aforen Kass, Mago Narratologista  

2 comentários:

  1. Conheço apenas um método, o do próprio RPG, já está implícito, jogo de interpretação, sem isso não será um bom RPG.
    Muitos jogadores ignoram o fato disso existir dentro do jogo, o que tem sido esquecido a cada ano e logo RPG será apenas um jogo de Dados.
    Vai muito do Narrador/Mestre conduzir a situação, não aceitar apenas a Ação do jogador e que Role os Dados, mas que exija a interpretação, onde está a verdadeira magia do RPG, mas que tbm não viva somente da performance e esqueça as outras regras.
    Querem apenas performance, vão jogar RPG Live Action, que tbm é uma ótima pedida de diversão, mas oq não deve ser muito habitual.

    ;)

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  2. Realmente, devemos nos focar nos personagens, mas com alguma folga.
    O El_MaVeRiCk, após a mesa-teste, falou a máxima do RPG q mtas vezes nos esqcemos: É interpretação e tb DIVERSÃO.

    =D

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