sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Espadas devastadoras e poderes incomensuráveis


O devastador poder dos cálculos

            Há muitos praticantes das artes do RPG que preferem a força dos músculos e o aço das espadas em troca das palavras proferidas em sabedoria. Optam por lançar os objetos encantados de várias faces como bombas de energia ou mana que explodirão na mesa como poderes superiores e na maioria das vezes inexplicáveis, a fim de derrubarem de forma rápida e eficaz os inimigos a frente.
Apesar da proposta não ser tão elaborada em elementos de exigência para a narrativa e interpretação, a utilização dos cálculos e da mais pura lógica (por vezes nem tão lógica assim) para a realização de coisas incríveis não exime o mestre de sua devida preparação inicial, inclusive porque terá que organizar algo do gênero à preferência dos jogadores, obviamente se o mesmo se propor, não sendo o caso de também ser sua preferência.


            Mas se o fato “jogo de dados” é preferível ao grupo que se aventura, não há mal algum. A essência do RPG está justamente nas diferentes possibilidades que todos os RPGistas possuem diante das diferentes possibilidades de cenários e sistemas. O mestre deve estabelecer uma moderação na interpretação e dedicar um tempo a mais para pensar as rolagens de dados, os sistemas de jogos, os níveis de dificuldades, de forma inclusive a não frustrar os jogadores em uma interação que acharão desigual ou monótona.

É possível equilibrar as forças?

            A interpretação de personagens pode não ser o principal no caso a ser avaliado nessas palavras de opinião, mas a tarefa do mestre não se torna mais fácil, ao contrário, é difícil equilibrar o jogo quando dois poderes imensos se enfrentam.
            Ora, pois o que procuram os senhores que desejam personagens invencíveis acaba não sendo de fato o que desejariam ver. Por lógica, poderes procuram se igualar e superar a outros, mas o que fazer quando de tão imensos saem fora de controle? Por que esse é o poder do mestre, e por vezes consegue forjar em suas mãos desafios que procuram ser grandiosos a fim de igualarem-se à devastação que pode causar o personagem de jogador, mas acaba passando da conta e destruindo esse.
            Acredito que a única forma de garantir desafios honestos e a altura dos membros em mesa deve ser o bom senso do mestre em lidar diretamente com o poder dos números e cálculos, saber manuseá-los, sem o temor de mudar as regras universais. O poder do ouro, da regra de ouro, é insuperável quando se sabe utilizá-lo como uma contenção de poderes devastadores.

By Aforen Kass

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