sábado, 2 de julho de 2011

Caindo: Ficando em pé nos entulhos


Eu vou começar a postar algumas historias sobre a mesa de lobisomem: o apocalipse, essas historias não rodam entorno dos personagens mas sim da influencia deles na nação garou, e também serve de exemplo para narradores/jogadores que queiram um ambiente ou exemplo de personagens. Espero que gostem (nunca fui um bom escritor).

CAINDO
O natal é uma das melhores épocas do ano, as pessoas são mais generosas, o espírito natalino e familiar enche o ar, é claro, isso se você não for um mendigo, estiver faminto, sujo, morar em uma caixa, mas a vida é dura. E no caso das pessoas e garous que se aquecem com uísque barato e uma fogueira improvisada no central park a vida é livre.
Os rostos que estão ali são sujos, embriagados, e jovens. É uma matilha nova, frio, era o que sentiam, eles tinham tudo o que queriam um bom agasalho, um pouco de fogo e algo pra queimar a garganta.
Um rapaz de uns quinze anos que parecia ter pelo menos uns dezenove deu uma bela golada no uísque, e do nada diz.

-Cara, a gente tem que ter cuidado com a água.
-É mesmo?! A moça ao seu lado joga um olhar que ao mesmo tempo é questionador e desinteressado, Jack ‘corre-com-o-carro’ pensa que ela é demoniacamente gata.
-É porra, eu escutei uma historia que um daqueles sanguessugas jogo sangue na água para ter mas servidores, bem é claro que pessoas com um pouco mas de força de vontade não iam cair nessa armadilha, mas bem aqui em Nova Iorque tem muita gente corrompida, bem só foi um pé pra wyrm.
-Sim Jack e daí! Dan ‘pelo-limpo’ a única mulher do grupo, se pergunta por que teve que ficar com gente tão burra.
-Dan, não precisa ficar nervosa, é sempre bom a gente saber de algo mesmo que seja só historia. O philodox da matilha ‘Caminha-na-noite’ Mac.
-Jack acaba logo com a historia, e passa a garrafa. Ben ‘Lambe-As-Feridas’ fala com um sorriso de diversão estampado na cara.
-Voltando a historia, muitas pessoas não se corromperam, mas ficaram maculadas, e varias dessas pessoas eram parentes. E não é só ai que fica, os morto-vivo tavam controlando o hospital e algumas creches, parece que os filhos da puta tavam querendo gente pra um sacrifício ou algo assim, não levou muito tempo pra que os nossos anciões organizassem uma galera pra ir lá e acabar com isso, ate os playboys dos andarilhos se juntarão com a gente, bem não pega bem pra ninguém o que os porras tavam fazendo, e também tinha uma galera que tava de passagem que foi junto também, tava tudo certo o pessoal ia meter o bicho nos chupadores mas quando chegaram no hospital, na creche e ate no prédio dos sacanas, não tinha ninguém, já pensou nisso ninguém em um hospital publico em Nova Iorque.A matilha fico sem saber o que fazer, sem cheiro, sem sangue, era como se nunca tivese antes alguém lá, ai eles mandaram também um grupo pelo esgoto, com certeza foi a gente que teve essa idéia, os playboys nunca pensariam em algo assim. Sei que nessa matilha tinha um theurge uktena que mandou um espírito avisar os anciões, eles tinham encontrado com o pessoal do hospital e da creche também, só que eles não eram mas humanos o filho da puta do vampiro já tinha transformado eles em.....
-Carniçais. Diz Dan revirando os olhos.
-É, é isso ai, carniçais. O foda é que tinha ate crianças no meio, eu não sei os detalhes mais o theurge conseguiu salvar uma galera, e parece que tinha um fetiche chamado ‘coração-da-wyrm’ com o vampiro. Foi por causa dele que o viadinho fico tão forte, mas não adiantou de nada eles acabaram com ele, mas a vitória não foi tão doce eles perderam esse fetiche, e também perderam um companheiro o Charles ‘Lata-Vazia’.
-Ei! Eu já escutei essa historia, mas deve ser mentira por que eles me falaram que um garou imortal falo com essa matilha e que eles deceram em malfias, malfias, eu acho que é invenção. A ahroun de cabelos ruivos fala.
-É pode até ser mentira, mas e se for verdade, e se um grupo de gente nova como a gente poder mesmo fazer coisas incríveis como essas. Essa historia não me soa muito diferente das que a gente escuta, dos velho falando dos velhos. Por que quê acreditamos nas historias de outros tempos e não nas do nosso. O nosso tempo é o único que temos.
-Cê fumo de novo aquela erva, eu já disse que é pra rituais, porra. Esbraveja Victor ’curandeiro-de-gaia’.
-Catete, foi só uma vez, tu vai ficar com isso a vida toda. O ragabash se defende.
-Eu acho que nos acreditamos naquilo que queremos, não importa se for ou não verdade. O philodox tem uma aparência de ancião, com a luz bruxelante da fogueira, e a escuridão quase absoluta da noite, mas ao mesmo tempo exala uma força jovem, viva, renovada, que atinge a todos, e aquece mais do que o fogo a sua frente.
O ragabash se levanta e aponta pro philodox.
-Ta vendo eu não sou o único que fica fumando.
(Yuri Rangel)

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