quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

4º Ato – O sussurro da morte


A podridão invadia os olfatos dos aventureiros que estavam ali. Nem mesmo o machado do bárbaro foi o suficiente, pós, ao decapitar o morto-vivo, apareciam outros, arrastando-se até eles, desejando sua carne, destroçá-los por terem profanando aquele local em sua ganância e ambição. Se Lopan sabia que iria ser daquela forma, um perigo que não eram capazes de enfrentar mesmo juntos deveria desejar-lhes a morte.
Os zumbis eram criaturas pútridas, que se arrastavam pelos corredores como se não houvesse um fim, porém, as flechas perspicazes do Ranger, a lamina violenta do Bárbaro, os punhos habilidosos do monge, até mesmo a espada afiada do guerreiro estavam sendo o suficiente, mas, a surpresa foi geral quando os mortos-vivos pararam de vim e em seu lugar espectros que não poderia ser acertados por laminas, cujo toque gélido daqueles seres poderia levar a morte.
Eram em torno de três espectros, um deles foi diretamente à direção de Uriel que infelizmente não estava atenta o suficiente, o toque foi em seu rosto, como se lhe tirasse a energia vital, Krush, o meio-orc, ainda tentou em vão passar o machado para decepar a criatura no meio, contudo passou direito, o fantasma nem o encarou, estava mais atento para sugar tudo que aquela garota estivesse. A escuridão chegou nos olhos da monge, não tinha como se manter em pé, cada golpe que desferia, tentando se defender, era um gasto de energia desnecessário, caiu, mas não no chão frio e sórdido, sim nos braços de Adriel que lhe pegou prontamente no colo, levantando vôo, saindo daquele corredor com a menina em seus braços. Os espectros não se mexeram, haviam um “prato cheio” a sua frente de pura energia.
O ranger que mesmo calado parecia o mais esperto, fez um sinal para o homem feito de platina e correu pela lateral do corredor, quase por sobre a parede com seus pés de elfo velozes como era. O bardo e o bárbaro o imitaram, como o platina era mais lento, prosseguiu por ultimo, apesar da fuga improvisada, os três espectros os seguiram, adentrando a parede lascada e úmida, sumindo da vista de quem quer que observar-se.
O primeiro a chegar em um salão foi Adriel, tinha uma grande abertura na parte de cima do local, como uma janela, posta por vidros, foi a primeira coisa que ele percebeu, já que estava se descolando a vôo, o outro fato foi seis túmulos dispostos como em um circulo, não havia mais para onde se deslocar, era a ultima sala. Deixou a monge no chão, tocando-lhe o rosto que naquele momento estava gélido, dando alguns tapas leves, até ela abrir seus olhos novamente, fitando-o, prela aproximação ficou completamente sem jeito e corada.*
- Você está bem? - A indagação não veio com ar de preocupação, apenas com urgência, os túmulos queria dizer alguma coisa e precisava descobrir. Aquele local era mais perigoso do que se poderia prever.
- Sim, obrigada... Que lugar é esse? – Notou no primeiro momento os túmulos que lhe causaram um forte arrepio na espinha como se não devessem estar naquele local. Foi se erguendo, ainda fragilizada. Sabendo que quem tinha lhe salvado foi o que tinha lhe causado a pior impressão.
- Uma tumba, creio que o que queremos esteja dentro dos caixões, me ajude a remove-los, você consegue? – O anjo já ia para o primeiro, tirando a tampa de pedra, vendo um esqueleto, ainda possuindo carne em decomposição nos seus ossos, havia um cordão no meio do seu peito que brilhava bastante. – Nós achamos nosso tesouro, está no pescoço dele.
Uriel, sem nem mesmo esperar, tirou a tapa do outro e puxou seu amuleto que reluzia da mesma forma, todavia, assim que o fez os olhos da criatura brilharam segurando sua mão. Em uma ação reflexa pelo pânico que se apossara e surpresa, deu um soco no meio do crânio da criatura que o fez rachar, mas não o suficiente para ela sucumbir, começou a se erguer do local de seu descanso. Adriel não perdeu tempo, destampou as outras tumbas, pegando os colares.
Não demorou a ter seis mortos-vivos furiosos erguidos do caixão. O que havia agarrado o braço da monge, desferiu um golpe certeiro contra o peito da menina, percebendo que não teria como desviar do ataque, mexeu suas pernas para dar um chute no único sustento que o zumbi tinha que era a parte de baixo do seu corpo, arrebentando com força, porém, o golpe que levou foi o suficiente para lhe fazer cair, enfraquecida pela luta anterior. Novamente não encontrou o chão e sim os braços do guerreiro que não perdeu tempo, voando contra a janela, estilhando-a completamente, deixando os cacos caírem sobre o chão... Foi quando o grupo chegou até a sala principal e viu, todos os inimigos voltados para si e sem nenhum tesouro.
Continua.

Um comentário:

  1. LOL. Ansioso pela continuação do conto.
    (E esperando q Uriel ñ seja mais uma sakura chorona!)

    ResponderExcluir